03/12/2024

Ataque hacker deixa parte de Moscou, na Rússia, sem internet e TV

Grupo de hackers agiu em retaliação a um ataque cibernético russo contra a gigante ucraniana de telecomunicações Kyivstar.

Nesta terça-feira (09), um grupo de hackers ucranianos, apelidado de “Blackjack”, invadiu os sistemas de computadores de um provedor de internet com sede em Moscou, em um ataque hacker que deixou parte da capital sem internet e TV. Segundo as fontes, os hackers são ligados à principal agência de espionagem da Ucrânia.

No ataque, os hackers apagaram 20 terabytes de dados da M9 Telecom, um provedor russo de internet e TV, deixando alguns residentes de Moscou sem internet, disse à Reuters uma fonte com conhecimento direto da operação. Além disso, eles baixaram mais de 10 gigabytes de dados do servidor e do banco de informações de clientes, que foram disponibilizados online.

A invasão digital foi um preparativo para um ataque cibernético maior que seria “uma vingança séria para a Kyivstar”, disse a fonte, citando os hackers, sem confirmar quando foi que ocorreu a intrusão.

O grupo, que já esteve vinculado ao Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), agiu com o ataque em uma resposta de vingança à invasão cibernética realizada contra a empresa de telecomunicações da Ucrânia Kyivstar, a maior operadora de redes móveis da Ucrânia, que teve sua rede desligada por espiões russos no mês passado, afetando cerca de 24 milhões de usuários por dias.

Segundo a Reuters, pareceu ter sido o maior ataque hacker desde que Moscou lançou a sua guerra contra o país em fevereiro de 2022. Hackers russos estiveram dentro dos sistemas da Kyivstar meses antes do ataque, disse ao portal o chefe da espionagem cibernética da Ucrânia, Illia Vitiuk, na semana passada . O hack causou uma destruição “desastrosa” na empresa, disse ele.

A M9 Telecom foi procurada para falar sobre o assunto, mas não respondeu ao contato. Inclusive, tentaram contato por telefone com o CEO da M9 Telecom, Andrey Pavolvsky, que não quis comentar. O site da empresa ainda estava online na terça-feira, apesar das alegações do grupo de hackers de que ele havia sido destruído.

Separadamente, a agência de inteligência militar da Ucrânia, a GUR, disse na noite de segunda-feira (08) que recebeu um grande volume de dados militares russos confidenciais do Centro de Tecnologia Especial (STC), uma empresa russa sancionada que produz o drone Orlan e uma série de equipamentos de inteligência. para Moscou.

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