A equipe de analistas do BTG Pactual estão com projeções otimistas para os resultados financeiros da Vivo e da TIM. O banco de investimento diz que surgirá oportunidades atraentes para investidores no setor, por causa do crescimento robusto nas receitas de serviços móveis e a expectativa de resultados financeiros sólidos para ambas as operadoras.
No caso da Vivo, os analistas projetam que a operadora continuará com seu crescimento em serviços móveis, com uma estimativa de crescimento de 8% ano a ano na receita. A projeção está acima da inflação do IPCA, situando-se em 4,7%, embora tenha ocorrido uma ligeira desaceleração em relação ao último trimestre.
Também é esperado um crescimento no segmento de telefonia fixa, que contribuirá com o EBITDA ajustado de R$ 5,6 bilhões, com margem estável em 41,3%. Quanto ao lucro líquido, os analistas projetam que deverá atingir R$ 1,4 bilhão, com investimentos anuais totalizando R$ 8,9 bilhões.
Para a TIM, o banco BTG projeta um sólido crescimento projetado de 7,0% ano a ano na receita de serviços móveis (MSR), que deverá impulsionar margens de lucro, resultando em um EBITDA de R$ 3,1 bilhões, representando um aumento de 8,6%, e uma margem de 50,5%.
Os analistas também destacam o fim do contrato de transição de serviços (TSA) com a Oi, que será favorável para as finanças da TIM. Já o lucro líquido ajustado, é estimado que atinja R$ 841 milhões, marcando um crescimento significativo em relação ao último trimestre de 2022.
A TIM anunciou que a sua conferência de resultados do quarto trimestre de 2023, ocorrerá no dia 07 de fevereiro de 2024. Até o momento, a Vivo não informou a data do seu balanço.
Projeções para o primeiro trimestre de 2024
Segundo o BTG Pactual, a TIM e a Vivo terão bons resultados no primeiro trimestre do ano, com crescimento de receita na casa dos 19,4% e uma margem Ebitda 0,9 p.p. superior, e receitas de serviços com alta de 8,9% e margem Ebitda e lucro líquido estáveis, chegando a R$ 762 milhões, respectivamente.
“O lucro líquido da TIM deve seguir pressionado, caindo para R$ 310 milhões, recuou de 26% na comparação com o primeiro trimestre de 2022, principalmente relacionado à aquisição da Oi, tornando-se um efeito temporário. Já a receita de serviço móvel (MSR) deve crescer 20,3%, desacelerando em relação ao último trimestre”, explicou o BTG.
Para a Vivo, a previsão para as receitas de serviços móveis (MSR) é uma alta de 13%, um pouco abaixo do último trimestre. Assim como a TIM, os aumentos de preços ainda não devem influenciar o resultado no primeiro trimestre da operadora, mas isso deverá ocorrer nos próximos trimestres.