Um relatório recém-divulgado pela associação das operadoras europeias (ETNO, na sigla em inglês), revela que a Europa precisa avançar urgentemente na infraestrutura de rede da tecnologia 5G Standalone (SA), popularmente conhecida pelos usuários como “5G puro“. Apesar do continente estar muito a frente de outros no que refere à quinta geração de redes móveis, a cobertura da modalidade de maior velocidade e baixa latência ainda é pequena.
Nesse quesito, a Europa está ficando para trás por não estar investindo o suficiente na ampliação do 5G SA, focando prioritariamente na rede mista. Essa informação tem como fonte o State of Digital Communications 2024, estudo conduzido pela consultoria Analysys Mason, que aponta para a existência de 114 redes do 5G — dessas, apenas 10 são Standalone, enquanto as demais compartilham ERBs do 4G.
A Ásia sai na frente por contar com 17 redes do 5G SA. Apesar do pouco alcance do 5G “puro” na Europa, a cobertura total da tecnologia na região é de 80% em 2023, com previsão de que todo o território conte com a geração mais recente até 2025.
Em apenas 12 meses, o continente europeu viu a cobertura do 5G avançar 7 pontos percentuais saindo de 73% em 2022 para 80% em 2023. A Coreia do Sul e Estados Unidos empatam com abrangência de 98%, seguidos pelo Japão (94%) e China (89%).
A título de comparação, em novembro do ano passado o 5G estava disponível em 315 municípios brasileiros, ou seja, cerca de 5,6% do total de 5.568 cidades.
União Europeia deve reforçar investimentos
Para se aproximar dos demais “concorrentes” na corrida pelo 5G, a União Europeia deve aumentar os aportes no setor de telecomunicações. Em 2022, a UE investiu em torno de 59,1 bilhões de euros no segmento, número que deve crescer nos próximos anos.
Diferentemente da rede mista, o 5G SA possui antenas e equipamentos desenvolvidos especificamente para essa operação, entregando velocidades de gigabits.