04/11/2024

Redução de capital da Telefônica Brasil favorece acionistas da Vivo

1ª parte da redução de capital de R$ 1,5 bilhão, em forma de dividendos, que serão distribuídos acionistas até o dia 31 de julho de 2024.

Na semana passada, a Telefônica Brasil, dona da Vivo (VIVT3) anunciou que foi aprovado, em Assembléia Geral Extraordinária (AGE), a primeira parte da redução de capital de R$ 1,5 bilhão, em forma de dividendos, que serão distribuídos acionistas até o dia 31 de julho de 2024. Os dividendos de R$ 0,90 por ação serão pagos a quem for acionista da empresa até o final do dia 10 de abril de 2024.

Este valor é apenas uma parte do parte da bolada de R$ 5 bilhões de redução aprovada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), e deve ser restituída aos acionistas ao longo dos próximos anos.

O provável é que os outros R$ 3,5 bilhões sejam devolvidos aos acionistas em outras duas parcelas (equivalentes a aproximadamente 2% de yield cada) em 2024 e 2025, que se somam aos aproximadamente 8% de yield por ano esperados na forma de dividendos e JCP.

De acordo com os analistas da Empiricus Research, o dividend yield da Vivo poderia chegar a 10% ao ano. Com isso, já recomendam as ações da empresa. Lembrando que há alguns meses eles alertaram os investidores sobre o potencial da companhia pagar bons dividendos com a redução de capital.

Outra novidade da Vivo, trazida pelo CFO David Melcon, é que a operadora segue crescendo no segmento de fibra, assim como aumentando os preços (reajuste de 10% em 2023) mesmo com uma competição acirrada das provedoras independentes. Ele explica que isso está relacionado à uma melhor capacidade da companhia de entender as tendências de cada região e também dos altos investimentos em qualidade.

No segmento móvel, Melcon confirmou que as condições para repasse de preços estão mais favoráveis desde a saída da Oi, mas que existem outros fatores que têm permitido os reajustes com churn baixo: o cross-selling com os serviços de Fibra, a maior velocidade oferecida, maior migração de clientes dos planos pré-pago para os planos-controle e, por fim, a crescente gama de serviços oferecidos após algumas aquisições recentes – planos de saúde, crédito, streaming, etc.

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