A Prefeitura de Atibaia, município localizado a 65 km da capital São Paulo, anunciou na última segunda-feira (5), a necessidade dos moradores substituírem suas antenas parabólicas tradicionais pelas digitais. A mudança faz parte dos requisitos para a liberação da quinta geração de redes móveis (5G) na cidade, pois a tecnologia depende da migração da banda C para a Ku. A desobstrução da faixa é gerenciada pelo Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz (Gaispi).
Inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), do governo federal, podem solicitar gratuitamente o kit para adaptação dos equipamentos. O pedido deve ser feito na página oficial do Siga Antenado, Entidade Administradora de Faixa (EAF) responsável pela análise e distribuição dos produtos para os cidadãos elegíveis, ou pelo 0800 729 2404.
Em breve, as parabólicas tradicionais deixarão de funcionar em Atibaia bloqueando o sinal de TV via satélite para quem não atualizar o dispositivo. Segundo informações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a EAF instalou no Brasil mais de 1 milhão de antenas parabólicas digitais gratuitamente em pelo menos 2 mil municípios.
5G em Atibaia
A gestão municipal espera que o 5G esteja disponível na cidade a partir de junho deste ano, mas a data ainda pode sofrer alterações. A Câmara Municipal de Atibaia aprovou, em 2023, projeto do Executivo que adaptou a legislação municipal para viabilizar a implantação do 5G na telefonia. O PL n.º 62/2022 focalizou a infraestrutura de suporte para Estação Transmissora de Radiocomunicação (ETR), autorizada pela Anatel.
Números divulgados pelo órgão regulador brasileiro apontam para um forte e significativo crescimento do 5G no país. No abo passado, o Brasil tinha 282 cidades com a rede ativa e mais de 16 mil estações rádio base (ERBs) em funcionamento, atingindo 20,5 milhões de clientes contra 5,7 mi em 2022.