A Juniper Research, empresa analítica especializada em estudos sobre o setor de telecomunicações, prevê o lançamento comercial da sexta geração de redes móveis (6G) em 2029, com possibilidade da tecnologia atingir 290 milhões de conexões em todo o mundo apenas um ano após sua estreia.
Sucessora do 5G, rede que ainda engatinha no Brasil, o 6G deve oferecer importantes melhorias focando em soluções para o mercado corporativo e industrial, como menor latência na troca de informações e maiores velocidades, recursos que devem ser especialmente aproveitados em comunicação holográfica e mais.
Ao que tudo indica, a futura tecnologia deve ser um dos destaques no âmbito da medicina melhorando a qualidade de cirurgias remotas. A robótica médica também deve avançar quando essa tecnologia for lançada comercialmente.
A previsão é de que o 6G se concentre em capitais e grandes centros urbanos, mirando diretamente nos locais com grande densidade populacional. Entre as novidades dessa tecnologia estão a operação em até 1 THz e download em torno de 1 Tbps, muito acima dos 1 Gbps oferecidos atualmente com o 5G Standalone, conhecido como “puro”.
A companhia afirma ainda que as operadoras de telecom precisam investir na tecnologia Reconfigurable Intelligent Surfaces (RIS), que deve permite refletir os sinais evitando que a qualidade do sinal seja prejudicada por objetos no caminho. Isso deve ser feito de forma automatizada e em tempo real.
Enquanto o 6G não chega
A sexta geração de redes móveis ainda é uma realidade distante para os brasileiros, principalmente considerando que seu antecessor nem sequer chegou a todos os municípios do país. Apesar disso, a tecnologia cresceu 256% ultrapassando 20 milhões de acessos em 2023, cerca de 3,5 vezes maior do que o volume apurado no ano anterior.
A previsão é de que o 5G continue avançando no mercado nacional nos próximos meses, chegando aos municípios interioranos após a implementação em cidades maiores.