Consumidores que compraram o Apple Vision Pro, o headset de realidade virtual da Apple, estão devolvendo o produto. Lançado em 2 de fevereiro, com preço inicial de US$ 3.499 (o equivalente a cerca de R$ 17.390), as devoluções estão sendo acompanhadas por algumas reclamações bastante semelhantes.
De acordo com alguns consumidores, o aparelho da Apple possui um design que tem provocado desconforto no uso, problemas visuais e a percepção de que o aparelho não oferece utilidade suficiente. As pessoas dizem que o fone de ouvido causa dores de cabeça e provoca enjôo. O peso do dispositivo e o fato de a maior parte dele ser carregado frontalmente têm sido outra reclamação.
De acordo com o gerente de produto do The Verge, Parker Ortolani, disse que achava que o uso do dispositivo causava o rompimento de um vaso sanguíneo em seu olho. Outra pessoa relatou que teve uma experiência semelhante com vermelhidão
“Apesar de ser tão mágico de usar quanto eu esperava, era simplesmente muito desconfortável de usar, mesmo por curtos períodos de tempo, tanto devido ao peso quanto ao design da pulseira. Queria usar, mas tinha medo de colocar”, diz Ortolani.
Collin Michael, um autoproclamado nerd da Apple, e vídeo no YouTube declarou que é perceptível o peso do seu Vision Pro, que pode ser suficientemente considerado um fardo. Usar o fone de ouvido para fazer coisas que ele normalmente faria em um iPhone ou Mac – como abrir o Safari ou procurar carros usados, diz ele – requer etapas extras que simplesmente não valem o esforço.
O dispositivo da Apple pesa um pouco mais de 600g, além da bateria externa ter 353g. O Vision Pro tem cerca de 100g a mais do que o Meta Quest 3, produto da Meta, que inclusive recebeu uma série de elogios de Mark Zuckerberg em review que fez do dispositivo da Apple.
Esse conjunto de fatores leva a sintomas similares aos da síndrome da visão de computador, de acordo com os consumidores, cujo problema pode causar sintomas como cansaço nos olhos, dor de cabeça e visão embaçada. Vale ressaltar, que problemas visuais, como fadiga ocular, vermelhidão e até mesmo danos mais sérios, são relatados como um problema comum entre os dispositivos de realidade virtual.
