O Disney Plus, serviço de streaming on-demand da Disney, anunciou nos últimos meses algumas mudanças que impactaram negativamente na experiência dos usuários. Em agosto do ano passado, a empresa norte-americana comunicou os clientes sobre um aumento de 27% no valor das assinaturas no exterior, seguido por um e-mail que notifica o fim do compartilhamento de senhas em 2024.
Ao que parece, o aumento expressivo nos planos e a decisão de seguir a Netflix impondo o fim do compartilhamento de contas pode ter estimulado o cancelamento massivo das assinaturas. Na última quarta-feira (8), a Disney divulgou um relatório com informações sobre a receita e número de assinaturas ativas entre janeiro e dezembro de 2023.
De acordo com o balanço financeiro, o Disney plus perdeu 1,3 milhão de clientes entre setembro e dezembro do ano passado. O saldo negativo, no entanto, foi quase que totalmente compensado com a chegada de 1,2 milhão de pessoas no Hulu, aplicativo comprado pela gigante estadunidense por aproximadamente US$ 8,61 bilhões.
Apesar da debandada dos assinantes, a perda de receita diminuiu no período, pois os demais setores da empresa conseguiram um lucro operacional superior, alcançando “recordes históricos em receita, lucro operacional e margem operacional no primeiro trimestre”. Analistas da companhia preveem a chegada de até 6 milhões de novos assinantes ainda no primeiro trimestre deste ano.
Streaming em ascensão global
A Rocket Lab divulgou no ano passado a pesquisa “Análise Mercado Mobile 2023” com indicadores sobre o mercado de filmes e séries sob demanda. O estudo mostra que o uso de aplicativos de streaming no celular — Netflix, Hulu, Amazon, Peacock e Disney+ — cresceu podendo movimentar bilhões de dólares em 2027.
Em 2022, a categoria alcançou US$ 7,2 bilhões com possibilidade desse número dobrar nos próximos três anos. O resultado seria impulsionado pela adição de conteúdos originais e exclusivos estimulando a contratação de mais de um serviço.