Seguindo os passos da Netflix, a Walt Disney Company dará início a sua política de repressão ao compartilhamento de senhas em seu streaming Disney+. A partir de 14 de março, a empresa vai começar a aplicar a medida para os clientes dos Estados Unidos. A companhia já notificou os usuários da plataforma, bem como do Hulu, sobre a mudança via email.
Entretanto, o fim do compartilhamento de senha será aplicado para os clientes que já possuem contas no streaming. Isto porque, a nova política já está sendo aplicada para os novos assinantes desde 25 de janeiro.
A estrutura da medida adotada pela Disney é semelhante a da Netflix. Durante uma teleconferência de resultados, o diretor financeiro da Disney, Hugh Johnston, anunciou que haverá uma opção para adicionar usuários por meio de uma taxa extra. O valor não foi revelado.
Johnston ainda afirmou que a companhia pretende alcançar o maior público possível com o conteúdo do streaming, bem como melhorar a experiência dos clientes no geral e aumentar a base de assinantes.
A mudança não chega a ser uma novidade, uma vez que o atual CEO, Bob Iger, já havia anunciado ano passado planos de monetizar contas do tipo. A aplicação da regra agora pode ser interpretada como um reflexo da onda de perda de assinantes que a plataforma vem sofrendo, depois que aumentou o preço das assinaturas nos Estados Unidos e no Canadá.
No último resultado financeiro, o streaming registrou uma perda de 1,3 milhões de usuários, saindo de 112,6 milhões para 111,3 milhões de assinantes. O número total de assinantes, incluindo outros mercados, caiu de 150,2 milhões para 149,6 milhões. Vale lembrar também que a empresa tem planos de unificar seus serviços de streaming: Disney+ e Hulu em março.
Por enquanto, o fim do compartilhamento de senha será aplicada nos Estados Unidos, sendo que a polícia já foi aplicada no Canadá no fim de 2023. Não há previsão de quando a medida chegará ao Brasil, mas uma hora irá chegar. Com a medida, a Disney espera crescer sua base de assinantes no primeiro trimestre de 2024 de 5,5 milhões a 6 milhões.