Desde a noite desta quarta-feira (07), as ações da Oi (OIBR3), que está em seu segundo processo de recuperação judicial, registraram uma disparada na Bolsa de Valores (B3), com um salto de 30,30%. Os papéis da empresa continuaram aumentando nesta quinta-feira (08), quando por volta das 11h (horário de Brasília), ultrapassaram a cotação de R$ 1,00, em uma alta de 40,70%.
Às 11h45, as ações da Oi chegaram a R$ 1,21 na B3 pela primeira vez desde o fechamento do dia 10 de agosto de 2023. Esses aumentos tiram a operadora, por enquanto, do patamar de “penny stock”, que é quando a ação de uma empresa é negociada na bolsa por menos de R$ 1.
Com a oscilação das ações, a B3 questionou a empresa sobre o forte movimento. A Oi, por meio de comunicado, informou que não há fatos ou atos relevantes que em seu entendimento possam justificar possíveis oscilações atípicas no número de negócios e na quantidade negociada de ações da companhia, além daqueles amplamente já divulgados ao mercado.
Entretanto, a tele defende que a repentina recuperação das opções na B3 seja um reflexo do novo plano de recuperação judicial apresentado na última terça-feira (6), além de informações discutidas com credores também contidas neste mesmo fato relevante.
A Oi defende: “Pode ter contribuído para tais oscilações possíveis expectativas dos investidores com relação à nova versão do plano de recuperação judicial apresentada […] em 06 de fevereiro”, afirmou em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) hoje.
“A Oi reafirma seu compromisso de manter seus acionistas e o mercado informados a respeito dos aspectos relevantes e significativos de seus negócios”, complementou a companhia no comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Novo plano de recuperação judicial
No novo plano de recuperação judicial, a Oi prevê um novo financiamento de US$ 650 milhões, cerca de R$ 3,2 bilhões no câmbio atual, além da venda de ativos avaliados em mais de R$ 15 bilhões, como a operação de banda larga (Oi Fibra), a participação na V.tal e imóveis. Esses valores tornam possível uma redução de 75% do total da dívida financeira da empresa.