A Ligga, operadora referência em telecomunicações no Paraná, declarou que está analisando a possibilidade de implementar uma rede 5G híbrida na Ligga Arena, estádio do Athletico Paranaense, em Curitiba. Em conversa com o Mobile Time, Rafael Marquez, CRO da telecom, informou que a ideia já está em projeto.
O que a empresa pretende é disponibilizar uma rede 5G que seja, ao mesmo tempo, pública para atender aos espectadores dos jogos que acontecem no estádio, e também privativa, para garantir banda para o uso corporativo. Para isso, fará uso da tecnologia de networking slicing.
O fatiamento de rede, que é uma característica funcional das redes 5G standalone (SA), permite a criação de uma “faixa exclusiva” dentro da frequência para um uso específico, garantido que a transmissão de dados aconteça de forma robusta e sem interferências, além de ter mais qualidade e seguro no tráfego de dados.
O networking slicing já é uma prática frequente no setor de telecomunicações, onde algumas operadoras já fazem uso da funcionalidade, reservando um pedaço da capacidade da rede para determinadas finalidades.
Em 2022, o fatiamento de rede foi usado na transmissão pela Globo do Prêmio Multishow, realizado na Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro. As câmeras da emissora foram conectadas a rede 5G da TIM, que foi configurada com network slicing para garantir uma capacidade mínima de uplink.
O mesmo método foi usado pela Claro e a Embratel na transmissão do GP São Paulo de Fórmula 1, que aconteceu em novembro de 2023. Em parceria com a Band e também da Ericsson, as imagens do GP de F1 foram captadas pelos cinegrafistas equipados com “mochilinks”, uma mochila adaptada com módulo 5G para transmissão ao vivo.
Em ambos casos, a rede 5G híbrida foi prática importante para garantir espectro suficiente e com consistência para que cinegrafistas pudessem captar imagens e transmitir ao vivo, no lugar do uso de comunicação por satélite.