A Nokia, empresa multinacional finlandesa que pertence à HMD Global, assinou um acordo com a fabricante chinesa vivo para uso de patentes relacionadas à quinta geração de redes móveis (5G). O acordo prevê o pagamento de royalties para uso da tecnologia cuja propriedade intelectual pertence à Nokia. A curto prazo, a marca asiática deve ser beneficiada por poder retornar ao mercado alemão após perder o processo para a dona das licenças.
No ano passado, a Nokia travou uma verdadeira batalha com outras gigantes do mercado de telefonia celular iniciando vários processos pelo uso indevido de seus registros. Com esse recente acordo com a Nokia, a vivo solucionou todos os seus “litígios de patentes pendentes entre as partes, em todas as jurisdições”, findando as petições.
Especialistas acreditam que o acordo renderá a médio prazo um lucro operacional equivalente a cerca de 1,4 bilhão de euros para a Nokia, valor muito distante dos mais de 150 bi de euros investidos em pesquisa e desenvolvimento; ainda assim, é um retorno considerável para a companhia, que nos últimos 13 meses fez 6 acordos.
Esta não é a primeira vez que a finlandesa propõe parceria semelhantes para uso de recursos voltados ao setor de telecomunicações. Há algumas semanas, o mesmo também foi feito com a Samsung, Honor, Huawei, OPPO e Apple — agora, a gigante de Cupertino encara uma batalha na justiça dos Estados Unidos por violar patentes da Masimo.
Processos por licenças do 5G
A situação da Nokia é apenas um dos casos relacionados às dificuldades no setor de telecomunicações. A rápida ascensão do 5G mundo afora e o uso repentino da tecnologia sem um padrão unificado da indústria rendeu dezenas de ações judiciais.
Essa situação deve ser progressivamente solucionada conforme mais acordos forem feitos entre os acusados e requerentes. Em caso negativo, é possível que os produtos que usam a licença violada sejam retirados do mercado.
