Nesta quarta-feira (21), em coletiva de imprensa para a divulgação dos resultados do quarto trimestre, o CEO da Vivo, Christian Gebara, falou sobre os negócios da operadora em relação ao seu serviço de internet banda larga via fibra óptica. O executivo revelou que a empresa cogita negociar acordo com redes neutras para expandir a oferta de seus serviços de banda larga fixa.
Outra opção para a Vivo é a base de clientes de fibra da Oi, colocada à venda no segundo plano de recuperação da empresa. Entretanto, a operadora ainda avalia o caso e aguarda detalhes sobre as condições do negócio. Gebara disse que avalia todo e qualquer ativo existente no Brasil, mas não há elemento para lançar proposta neste caso.
Gebara reforçou a complexidade da operação, uma vez que envolve uma terceira parte, no caso a rede neutra V.tal. “Precisamos de mais visibilidade do contrato da Oi com a V.tal, precisamos dessas informações para elaborar qualquer situação. Está muito cedo para colocarmos uma proposta à mesa“, disse. A Oi tem cerca de 4 milhões de clientes de banda larga em fibra sobre a rede da V.tal.
“Não temos visibilidade desse contrato com a rede neutra, então continuaremos analisando assim que nos forneçam mais informação”, apontou Gebara.
Atualmente, além da sua própria rede de internet em São Paulo, a Vivo conta com a FiBrasil, operadora de atacado neutra da qual detém metade das ações. A empresa tem o objetivo de alcançar 29 milhões de casas passadas (HPs) com fibra até o final deste ano, sendo que encerrou 2023 com 26,2 milhões de casas passadas. “A meta deste ano é atingir 29 milhões de casas passadas, mas certamente vamos crescer a nossa disponibilidade de fibra ao longo dos próximos anos”, observou Gebara.
Gebara explicou que esse crescimento “poderá vir tanto de mais construção de HPs, que pode ser overlay de fibra sobre redes de cobre, ou pode ser de aluguel de capacidade de redes de fibra neutra que existem no mercado. Existe a Fibrasil e outras. Então nosso crescimento poderá vir de outras, de acordos comerciais com mais de uma rede de fibra neutra”, falou.
“Temos a FiBrasil [da qual a Vivo é co-controladora], mas nosso crescimento futuro pode vir de acordos com mais de uma operadora, combinando fibra neutra e crescimento orgânico”, apontou Gebara.