A China Mobile, maior operadora de telefonia celular do mundo, anunciou na última terça-feira (6), o sucesso no lançamento do primeiro satélite do mundo compatível com a sexta geração de redes móveis, o 6G. O evento aconteceu em 3 de fevereiro correspondendo a um importante avanço para o setor de telecomunicações chinês e global. O equipamento está localizado na órbita baixa da Terra — conhecida como “LEO”, na sigla em inglês — a uma altitude entre 500 e 1.500 quilômetros.
Segundo informações, o satélite utiliza uma inovadora arquitetura desenvolvida a partir de uma parceria firmada entre a estatal asiática e a Academia Chinesa de Ciências da Inovação para Microsatélites. O projeto contou com o uso de peças nacionais com possibilidade de manutenção em órbita, assim facilitando o conserto em caso de colisões com meteoritos ou defeitos no hardware, por exemplo.
A empresa deve realizar nas próximas semanas os testes iniciais relacionados ao funcionamento do satélite, mas ainda sem uso comercial — um relatório analítico divulgado pela Juniper Research aponta para a chegada apenas em 2029. O satélite irá ajudar o governo de Xi Jinping a avaliar a aplicação de tecnologias ligadas ao 6G e a desenvolver padrões para a próxima geração de redes de telecomunicações.
Possíveis aplicações do 6G
O 6G promete uma grande velocidade de transmissão de dados com baixíssima latência, usando frequências mais altas que o 5G. A expectativa é que ele opere em faixas de frequência de 95 GHz a 3 Terahertz (THz), permitindo picos de taxas de dados de 1.000 GB por segundo (Gbps) e latência abaixo de 100 microssegundos.
As possíveis aplicações do são diversas e abrangem diferentes setores da sociedade, como indústria, saúde, mobilidade e internet das coisas (IoT). O 6G poderá permitir que os usuários tenham até dez vezes mais dispositivos IoT conectados a um ecossistema, além de interações instantâneas entre os aparelhos e o armazenamento na nuvem.
O 6G também poderá viabilizar as cidades inteligentes, onde todos os aspectos dos cidadãos estarão conectados à rede de internet, desde carros e drones até edifícios.