O Pix, pagamento instantâneo lançado em 2020 pelo Banco Central, alcançou um novo recorde de transações no ano passado movimentando R$ 17,18 trilhões em doze meses. O montante corresponde a um aumento de 57,8% se comparado com 2022, ano em que o total transacionado por meio dessa modalidade foi de R$ 10,89 trilhões. Os números confirmam o crescimento do Pix entre os brasileiros, principalmente após o serviço ser atualizado pelo Bacen recebendo mais recursos.
Os números são de um relatório recém-publicado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) baseado em dados do Bacen. A quantidade de pagamentos feitos no último ano alcançou 41,87 bilhões contra 24,04 bi em 2022, um aumento de 74%.
Ao passo que o Pix cresceu no mercado nacional, outras formas de pagamento registraram queda no mesmo período. A circulação do dinheiro em espécie, por exemplo, diminuiu significativamente em 2023 saindo de R$ 342 bilhões (2022) para R$ 341 bi.
Esse cenário também foi visto no cheque, com as compensações caindo 95% ao comparar 2023 com 1995 — há 27 anos, o número de cheques compensados na rede bancária era de 3,3 bilhões, declinando progressivamente para 168,7 milhões na última análise.
“A pandemia estimulou o uso dos canais digitais dos bancos e, hoje, quase 8 em cada 10 transações bancárias realizadas no Brasil são feitas em canais digitais, como o mobile banking e internet banking (77%). Soma-se a isso a preferência dos brasileiros pelo Pix, que vem se consolidando como o principal meio de pagamento utilizado no país”, afirma Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban.
Novidades para este ano
De acordo com Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, o Pix será atualizado ainda neste ano recebendo a função de pagamentos automáticos. Com o recurso, os brasileiros poderão cadastrar contas para o pagamento recorrente com o Pix.
Chamado de “Pix Automático”, o recurso pode substituir o débito automático em conta-corrente alcançando mais pessoas. No caso do débito automático, o serviço é oferecido pelas empresas em parceria com os bancos, neste caso se não houver convênio os consumidores não poderão ativar a opção pelo aplicativo.
