Na noite de hoje (06), após o fechamento do mercado, a TIM vai divulgar seu balanço financeiro regente ao quarto trimestre de 2023, e de acordo com projeção do JPMorgan, a operadora vai apresentar resultados sólidos, com crescimento na receita na comparação anual e lucros impulsionados pelo segmento móvel. O mesmo é projetado para a Vivo, que irá divulgar seu balanço no dia 20 de fevereiro.
Segundo os analistas, a TIM seguirá sendo beneficiada com o aumento dos preços dos planos pós-pagos, assim como no aumento nos preços no segmento de pré-pagos. É estimado uma estabilidade no lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado e espera que haja atualização das projeções (guidance) de um a três anos.
O JPMorgan traz três pontos de atenção no balanço: a dinâmica da receita média por usuários móveis; aumento de despesas com pessoal e as despesas gerais e administrativas, que aumentaram nos trimestres anteriores. “O crescimento das receitas da TIM é impulsionado por aumentos de preços e por uma dinâmica competitiva favorável, enquanto que a rescisão do contrato TSA com a Oi deverá ter um impacto positivo na rentabilidade”, avalia o research da XP.
A projeção de lucro líquido para a TIM é de R$ 960 milhões, com receita de R$ 6,28 bilhões e Ebitda de R$ 3,19 bilhões.
Projeção da Vivo
No caso da Vivo, os analistas estimam que a operadora terá uma sólida taxa de crescimento no segmento móvel e expansão de margens na comparação anual. A expectativa é que haja contração, ainda que a sazonalidade seja positiva, uma vez que as margens no terceiro trimestre se beneficiaram de efeitos pontuais, entre trimestres.
De acordo com o JPMorgan, o ganho de R$ 244 milhões no acordo com a Oi (OIBR3) vai impulsionar as margens, assim como foi o ano passado. Os analistas ainda destacam a dinâmica de receita média por usuários de serviços móveis e os volumes de vendas de pós-pago.
“Os ajustes de preços feitos aos clientes ao longo do ano também devem contribuir para o crescimento da receita. No segmento fixo, a Vivo aproveitou as adições líquidas de fibra para compensar o declínio das receitas non-core dos acessos antigos, ao mesmo tempo que implementou aumentos de preços. Prevemos um crescimento anual da receita líquida de 7,1%”, considera a XP.
O Bank of America (BofA), embora projete crescimento real para o setor, tem preferência pela Vivo, considerando o impulso operacional mais forte da companhia e crescimento mais elevado nas receitas de serviços móveis. O mesmo é seguido pelo BTG Pactual, que espera um crescimento de 8% na comparação anual, um pouco acima dos 7% projetados para a TIM.
A projeção de lucro líquido para a Vivo é de R$ 1,42 bilhão, com receita de R$ 13,6 bilhões e Ebitda de R$ 5,7 bilhões.