Dados divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostram um retrocesso no setor de telefonia fixa em 2023. Os números revelam que a categoria perdeu 1,655 milhão de linhas no ano passado, queda impulsionada pela operadora Oi, que lidera o ranking de baixas no período. No total, o país soma 27,1 milhões de linhas mesmo com o abrupto declínio no último levantamento.
Encerrando o ano com 6,6 milhões de acessos, a Oi se destacou negativamente entre as principais concorrentes por ter mais de um milhão de linhas fixas canceladas em 2023, enquanto o restante ficou dividido entre as demais operadoras. A Claro, por exemplo, perdeu 726 mil, seguida pela Vivo com 554 mil.
Considerando os resultados por regiões, o Norte foi o que apresentou maior queda totalizando -9,3%, seguido pelo Nordeste (-7,8%), Sudeste (-6,7%) e Centro-oeste (-6,1%). Isso indica que os moradores dessas localidades podem estar preferindo planos móveis em vez de fixos.
A análise aponta que a densidade dos telefones fixos entre os brasileiros é de 12 aparelhos para cada 100 pessoas. A gigante pertencente ao grupo mexicano América Móvil concentra o maior número de linhas no serviço de telefonia fixa com 7,3 milhões.
Telefonia móvel avança
Enquanto o serviço de telefonia fixa encarou uma debandada de consumidores, versão móvel conquistou bons números em 2023. Segundo informações, essa categoria registrou uma ampliação de 4,3 milhões até dezembro do ano passado.
Contabilizando todas as gerações da rede, o volume total de acessos atingiu 256,2 milhões, isto é, 4,3 mi a mais em relação a 2022. Nesse setor, a quinta geração de redes móveis (5G) foi um dos que mais progrediu alcançando 20,5 milhões de clientes (3,5 vezes maior que o valor registrado em 2022, também segundo a Anatel).
O número de acessos no 5G aumentou 14,77 milhões refletindo os esforços das operadoras em levar essa tecnologia para mais municípios brasileiros.