Na noite desta terça-feira (06), a TIM divulgou seu resultado financeiro referente ao quarto trimestre de 2023, onde reportou um lucro líquido normalizado de R$ 900 milhões, valor inferior aos R$ 960 milhões estimados pelo consenso LSEG. O montante representa um crescimento de 52,6% em relação ao mesmo período de 2022.
Na linha do Ebitda normalizado, a operadora atingiu um recorde, somando R$ 11,7 bilhões em 2023, alta de 14,2%. A margem subiu 1,5 ponto percentual, para 48,9%, enquanto que o Ebitda aumentou 7,5%, para R$ 3,1 bilhões, com a margem subindo 0,3 ponto percentual, a 50,2%, frente a margem registrada em 4T22.
A receita líquida da TIM somou R$ 6,275 bilhões no quarto trimestre do ano passado, crescimento de 6,8% na comparação a 2022. E avançou 10,6% no ano, para R$ 23,9 bilhões.
“Se você pegar o cenário competitivo e as dinâmicas competitivas do Brasil, houve uma evolução tanto do ponto de vista da oferta, dos provedores de serviços, como do cliente”, diz Alberto Griselli, CEO da TIM Brasil, ao NeoFeed.
Os custos e despesas operacionais somaram R$ 3,125 bilhões no 4T23, uma alta de 6,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o lucro líquido foi negativo em R$ 478 milhões no período, uma elevação de 36,5% sobre as perdas financeiras do espaço de tempo do ano anterior.
O Capex da operadora no 4T23 totalizou R$ 1,292 bilhão, representando uma queda de 6,1% na base anual, em decorrência de uma menor alocação de investimentos em infraestrutura de rede se comparado ao 4T22. Em 31 de dezembro de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 11,642 bilhões, um recuo de 15,7% na comparação com o terceiro trimestre de 2023.
Serviços móveis e fixos
De acordo com dados da operadora, o desempenho da receita e do lucro da TIM foi fruto dos serviços móveis, cuja receita normalizada totalizou R$ 5.706 milhões no 4T23, um crescimento de 7,6% A/A, e avançou 11,1% no acumulado do ano, para R$ 21,8 bilhões.
A receita média mensal por usuário (ARPU) normalizada atingiu o maior valor da história recente da operadora no quarto trimestre, alcançando R$ 31,10, uma expansão de 16% na comparação anual. A operadora atribui o resultado “a um sólido desempenho orgânico no pós-pago e no pré-pago”. A receita do pré-pago acelerou seu crescimento para 4,1% A/A no 4T23, com o ARPU atingindo R$ 15,6 (+14,5% A/A), já o pós-pago cresceu 7,4%, com o ARPU atingindo R$ 43,0 (+12,5% A/A) e o ARPU do Pós-pago ex-M2M atingindo R$ 52,2 (+15,5% A/A).
No 4T23, a receita do Serviço Fixo somou R$ 329 milhões, uma alta de 1,6% A/A. Em 2023, cresceu 4,6% A/A. Já a TIM UltraFibra, principal linha de receita, manteve o seu ritmo com crescimento de 9,5% A/A no 4T23, atingindo um ARPU de R$ 94,8. Em 2023, a Receita do serviço teve alta de 9,7% A/A e o ARPU atingiu R$ 94,0.
Projeções
Além do seu balanço financeiro, a operadora também compartilhou com o mercado suas projeções para 2024, onde prevê um crescimento entre 7% e 9% do Ebitda neste ano e de 6% a 8% no médio prazo (até 2026). Além disso, estima um crescimento de até 7% da receita de serviços em 2024 e de até 6% no médio prazo. Em relação aos investimentos, a TIM espera investir entre R$ 4,4 bilhões e R$ 4,6 bilhões.