24/11/2024

Conflitos no Mar Vermelho podem afetar tráfego de internet global

Segundo a empresa HGC Global Communications, danos nos cabos submarinos afetaram as redes de comunicações do Oriente Médio.

O conflito no Mar Vermelho levantou um alerta sobre o serviço de internet, que pode afetar a infraestrutura global e impactar o tráfego web no mundo. Nesta segunda-feira (04), cabos de internet de grandes redes de telecomunicações foram danificados no Mar Vermelho, causando perturbações “significativas” às redes de comunicações do Oriente Médio.

De acordo com comunicado da empresa de telecomunicações de Hong Kong HGC Global Communications, 25% do tráfego entre a Ásia e a Europa, bem como no Oriente Médio, foi afetado. A maioria do tráfego de internet entre Europa e Ásia Oriental passa por cabos submarinos que se concentram no estreito no extremo sul do Mar Vermelho.

Não foi revelado quais os cabos que foram danificados nem quem foi o responsável. O caso traz um alerta para possível ataque a cabos submarinos, que podem afetar a infraestrutura de internet globalmente, principalmente por sua dificuldade de reparo.

Segundo as informações, foram afetadas as redes que estão no Europe India Gateway, que se estende por 15.000 km entre a Europa, o Oriente Médio e a Índia. A Ásia-África-Europa, um sistema de cabos de 25.000 km que liga o Sudeste Asiático à Europa através do Egito, também foi danificado.

Além do grande tráfego de navios, que aumenta a probabilidade de um acidente com âncoras danificando os cabos, agora surge uma nova ameaça de ataques pelos houthis, grupo terrorista apoiado pelo regime do Irã que opera no Iêmen.

Há algumas semanas, o governo do Iêmen alertou sobre a possibilidade de um ataque aos cabos por rebeldes, que têm realizado ataques a embarcações ocidentais no Mar Vermelho desde outubro de 2023, regionalizando o conflito.

Inclusive, relatórios do meio de comunicação israelense Globes sugeriram que os Houthis estavam por trás dos danos aos cabos. Entretanto, o líder rebelde iemenita Abdel Malek al-Houthi negou as acusações. “Não temos intenção de mirar os cabos marítimos que fornecem internet aos países da região”, disse ele.

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