Os processos de compras de equipamentos para a implantação da rede privativa de telecomunicações do governo federal já estão em andamento. Esta rede, exigida pelo leilão do 5G, será inicialmente construída pela EAF, uma empresa formada por Vivo, Claro e TIM para atender às exigências do edital. Posteriormente, a operação será transferida para a Telebras.
O presidente da EAF, Leandro Guerra, indica que ainda não há definições claras do governo sobre a disponibilidade da rede privativa. O edital do 5G prevê uma rede fixa nas 27 capitais e uma rede móvel inicialmente 4G em Brasília. Atualmente, estão em fase final de definição com a Anatel e o governo os endereços a serem atendidos, totalizando mais de 7 mil endereços nas capitais.
“Estamos na fase final, com a Anatel e o governo, a definição dos endereços que serão atendidos. São mais de 7 mil endereços nas 27 capitais. Já estamos indo ao mercado, com RFPs abertas, e temos confiança que será possível cumprir o prazo previsto, de fevereiro de 2026. Essa rede vai ser integrada com a rede da Telebras, que vai receber todo esse ativo e vai operar”.
A Anatel expressou preocupação com a demora na definição de endereços para a implantação de redes de telecomunicações. Sob a gestão de Jair Bolsonaro, um projeto inicialmente concebido como uma medida “anti-China” em resposta a pressões dos Estados Unidos foi revisado. Durante a nova gestão de Lula, a rede foi inicialmente reduzida e depois expandida, porém ainda falta definir os pontos de conexão de forma efetiva.
Nesta terça, 19, a EAF celebrou o término dessa etapa que visa a limpeza de rede para futura ampliação da rede 5G no país. Restam ainda outras demandas prevista no Edital 5G, porém, com prazo de entrega até 2026.
Criada com um orçamento de R$ 6,3 bilhões provenientes do leilão, a EAF tem a responsabilidade de estabelecer uma rede privativa, mitigar interferências, distribuir antenas parabólicas para famílias cadastradas no CadÚnico e instalar infraestrutura de fibra óptica ao longo dos rios da Amazônia.