De acordo com um novo estudo do Grupo de Estudos Leichtman [via IndieWire], mesmo com o fim do compartilhamento de senha adotado pela Netflix, 10% dos usuários da plataforma ainda usam contas compartilhadas de amigos ou parentes que não residem na mesma casa.
Houve uma queda na porcentagem desde 2018, quando 16% dos usuários da plataforma a acessavam da mesma forma. Em 2022, o LRG descobriu que 15% dos usuários do Netflix estavam pedindo emprestado, e em 2020 a taxa foi de 14%.
De um total de 260 milhões de assinantes pagos globalmente, essa porcentagem de 10% representa que 26 milhões de usuários globais ainda não estão sendo monetizados. Considerando que esses “clientes” deveriam pagar pelo menos US$ 7,99/mês cada um, a taxa atual para compartilhar com alguém de fora, entende-se que a plataforma deixa de ganhar mais de US$ 200 milhões em receita mensal.
Extrapolando a pesquisa para outras plataformas de streaming, como Disney+, Max e Prime Video, o grupo Leichtman concluiu que ao menos 23% de todos os domicílios que possuem acesso a algum desses serviços compartilham tal acesso com pessoas que moram em outro endereço.
A nova política que deu fim ao compartilhamento de senha foi adotada pela Netflix em maio de 2023 nos EUA e em mais de 100 outros países. Naquele trimestre, de abril a junho de 2023, o streaming adicionou 5,9 milhões de assinantes pagos globais, um aumento de 8% em relação ao mesmo período em 2023.
Nos dois primeiros trimestres completos após o lançamento da medida, a plataforma adicionou 8,8 milhões de assinantes globais (3º trimestre, +10,8%) e 13,1 milhões (4º trimestre, +12,8%), respectivamente. O crescimento do quarto trimestre foi o melhor de todos os tempos da Netflix entre outubro e dezembro.
Não é atoa que outros streaming vão seguir a Netflix e aplicar a política e suas plataformas. A exemplo da Disney+ e da Max (antiga HBO Max).