A Ericsson anunciou hoje uma nova rodada de demissões na Suécia, afetando cerca de 1.200 funcionários. A fabricante de equipamentos de telecomunicações justificou as dispensas devido à previsão de um mercado desafiador em 2024, com queda na demanda por redes móveis devido à cautela dos consumidores.
A empresa considera que a redução de pessoal está alinhada com a gestão de volumes mais baixos.
A fornecedora sueca está implementando medidas de redução de custos, incluindo demissões, enxugamento do quadro de consultores e simplificação de processos. No entanto, a empresa reafirma seu compromisso com estratégias para alcançar crescimento e metas de margem de longo prazo, com foco em serviços de redes móveis e expansão corporativa. Investimentos em tecnologia também serão mantidos. Negociações com sindicatos já começaram em relação aos cortes de pessoal.
Essa não é a primeira leva de demissões da Ericsson em um curto tempo
Nesta segunda-feira, a Ericsson divulgou novas dispensas de funcionários, adicionando-se a uma série de demissões em massa anteriormente implementadas pela empresa. Em fevereiro do ano passado, a Ericsson anunciou a eliminação de 1.400 empregos na Suécia.
Posteriormente, como parte de um plano de redução de custos no valor de 9 bilhões de coroas suecas (equivalente a cerca de R$ 4,3 bilhões), a empresa comunicou que iria reduzir 8.500 postos de trabalho em todo o mundo. Isso representaria uma diminuição de aproximadamente 8% no quadro de funcionários global da empresa.
Na divulgação dos resultados financeiros de 2023, a Ericsson, empresa líder em tecnologia de comunicação, revelou um cenário desafiador, marcado por um prejuízo líquido e uma queda significativa nas receitas.
Börje Ekholm, CEO da empresa, destacou que este período foi especialmente difícil e que a companhia estava se preparando para enfrentar desafios semelhantes no ano seguinte.
Ekholm enfatizou que, apesar das medidas adotadas para melhorar o desempenho, a Ericsson ainda não alcançou o nível desejado de rentabilidade. Ele ressaltou o compromisso da empresa em continuar buscando melhorias, concentrando-se em áreas dentro de seu controle, como eficiência operacional e gestão de custos.
O CEO também observou que as perspectivas para o mercado de redes de acesso via rádio (RAN) fora da China em 2024 não eram otimistas, prevendo um novo declínio. Essa projeção reflete os desafios persistentes enfrentados pela indústria de telecomunicações e destaca a necessidade contínua da Ericsson de se adaptar e inovar para enfrentar um ambiente de mercado em constante mudança.