A Meta anunciou que desativará o CrowdTangle, uma ferramenta utilizada para analisar o fluxo de conteúdo no Facebook e Instagram, em 14 de agosto. Essa medida segue uma série de restrições implementadas desde 2021, afetando o acesso de jornalistas e acadêmicos a dados cruciais sobre teorias da conspiração e notícias falsas nas redes sociais.
Essa decisão da Meta tem implicações significativas para jornalistas, acadêmicos e pesquisadores, pois a CrowdTangle é uma ferramenta essencial para acessar dados relevantes, como informações sobre desinformação e teorias da conspiração circulando nas redes sociais da big tech.
A substituição da CrowdTangle pela Biblioteca de Conteúdo da Meta resultará em restrições adicionais ao acesso aos dados, principalmente para veículos de comunicação. Isso levanta preocupações sérias sobre a transparência das plataformas de mídia social, pois o acesso restrito aos dados pode limitar a capacidade de jornalistas e pesquisadores monitorarem e relatarem tendências importantes online.
Além disso, a nova Biblioteca de Conteúdo apresenta algumas limitações significativas em comparação com a CrowdTangle. Por exemplo, ela carece de dados geográficos detalhados e impõe restrições ao download de informações, o que reduzirá a capacidade de pesquisa e análise dos usuários.
Essas limitações podem prejudicar a capacidade de compreender e responder efetivamente a fenômenos sociais importantes que se manifestam nas redes sociais.
O encerramento da CrowdTangle gerou críticas significativas em relação à responsabilidade da Meta em fornecer transparência e acesso aos dados públicos online. Muitos estão pedindo regulamentações mais rigorosas para garantir que o acesso contínuo a esses dados seja assegurado, especialmente em momentos críticos, como durante as eleições presidenciais nos Estados Unidos.
Essas regulamentações são vistas como fundamentais para garantir a integridade do processo democrático e a capacidade de monitoramento das plataformas de mídia social.
A Meta, detém a CrowdTangle desde 2016 e planeja substituir esta ferramenta pela Biblioteca de Conteúdo, disponível apenas para acadêmicos e pesquisadores sem fins lucrativos.
Esta mudança exclui veículos de comunicação, levantando preocupações sobre transparência e disponibilidade de dados sobre as mídias sociais. A nova Biblioteca de Conteúdo promete análise de comentários públicos e pesquisa visual, mas usuários relatam limitações como falta de dados geográficos e incapacidade de baixar informações, diminuindo o potencial de pesquisa comparado ao CrowdTangle.
Restrições de acesso público às atividades na plataforma Meta, liderada por Mark Zuckerberg, parecem favorecer a empresa, ocultando críticas e investigações sobre suas operações.
Brandon Silverman, ex-CEO da CrowdTangle, critica o encerramento do serviço antes das eleições presidenciais dos EUA, considerando a decisão “incrivelmente irresponsável” e esperando que o legado do CrowdTangle inspire regulamentações para garantir acesso contínuo a dados públicos na internet para uma gestão digital responsável e colaborativa.
