O CEO da Oi, Mateus Bandeira, divulgou hoje, 28 de março, mais informações sobre o acordo elaborado entre a empresa e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), submetido ao Tribunal de Contas da União (TCU).
O acordo, que foi finalizado em 23 de março, ainda está sujeito à aprovação pelo plenário do TCU. Estima-se que a votação pelo plenário ocorra dentro de um período de 30 a 60 dias, de acordo com o executivo.
Após a aprovação, a Oi planeja iniciar imediatamente a transição da concessão de telefonia fixa, atualmente sob regime público, para o regime privado.
Durante a conferência com analistas para discutir os resultados financeiros de 2023, foi abordada a situação desafiadora de unidade de negócio que está operando com prejuízo e enfrentando custos regulatórios elevados. Como uma medida para lidar com essa situação, foi mencionado o acordo que permitirá a transição imediata da concessão para autorização.
Essa mudança terá um impacto significativo nos custos operacionais, principalmente devido à eliminação dos encargos associados aos bens reversíveis. Além disso, o acordo possibilitará a venda de propriedades, o que é considerado crucial para a sustentabilidade financeira da empresa.
A migração imediata para fibra óptica ou outras tecnologias permitirá à empresa eliminar os custos de manutenção do cobre e descomissionar a infraestrutura correspondente. Em 2023, parte dos ativos de cobre da empresa foi vendida à V.tal por R$ 3,6 bilhões.
Após a migração, a Oi planeja implementar “sprints” para vender ou reduzir custos, visando eficiências em várias áreas, como suporte de rede, manutenção, atendimento ao cliente, faturamento, cobrança e infraestruturas associadas a satélites, postes, torres e contratos de exploração industrial, energia e inventário.
Vale ressaltar que o plano de recuperação, próximo a ser votado por credores em 10 de abril, propõe pagamento a fornecedores com ativos como torres e terrenos.
O CEO confirmou que a operadora retomará a arbitragem sobre o equilíbrio financeiro da concessão após acordo com o TCU.
Ele expressou otimismo, vendo a arbitragem como uma oportunidade para defender interesses e potencialmente receber valores líquidos. Embora espere uma decisão parcial em quatro meses, a conclusão da arbitragem é estimada em um a dois anos.