25/12/2024

SpaceX será investigada por suposto uso de sua internet pela Rússia

Legisladores dizem que a suspeita representa uma séria ameaça à segurança da Ucrânia, às vidas ucranianas e à segurança nacional dos EUA.

Há algumas semanas, a Inteligência Militar da Ucrânia acusou a Rússia de roubar o sistema de internet via satélite da Starlink perto da linha de frente em partes ocupadas do país ucraniano. Por causa disso, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos vai investigar a dona do serviço, a SpaceX, por possíveis falhas de segurança.

Jamie Raskin e Robert Garcia, deputados democratas, em carta enviada a SpaceX, expressaram preocupações em relação à falta de “proteções e políticas apropriadas” que impeçam a Rússia de usar o serviço de internet da Starlink. Eles alertam para o temor do regime de Vladimir Putin estarem usando a internet via satélite para coordenar ataques contra as tropas da Ucrânia.

Os legisladores alertaram a presidente da SpaceX, Gwynne Shotwell, que o suposto uso do Starlink pela Rússia “representa uma séria ameaça à segurança da Ucrânia, às vidas ucranianas e à segurança nacional dos EUA”.

Estamos preocupados que vocês possam não ter proteções e políticas adequadas em vigor”, escreveram Raskin e Garcia em uma carta obtida exclusivamente pelo The Washington Post.

Os democratas solicitaram esclarecimentos da SpaceX sobre as medidas que estoa tomando para evitar o uso ilegal dos terminais pelos russos. Ainda afirmaram que “a Starlink é um recurso inestimável para os ucranianos na luta contra a invasão brutal e ilegítima da Rússia”.

A empresa de Elon Musk deverá responder a cerca de 20 perguntas sobre o assunto até o final de março. Os legisladores perguntaram à SpaceX quais ações ela tomou para eliminar vulnerabilidades de segurança que a Rússia poderia usar para adquirir ilegalmente terminais Starlink, e perguntaram como a empresa está trabalhando com outros reguladores dos EUA para impedir o comércio ilegal de terminais de satélite.

Os legisladores estão apenas a começar a sua investigação, mas planeiam contactar o Pentágono e outras agências jurisdicionais relevantes. “Continua a ser fundamental que a Rússia seja privada de qualquer comércio que capacite as suas forças armadas”, escreveram os legisladores.

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