A Apple foi obrigada a retirar os aplicativos WhatsApp e Threads, ambos pertencentes à Meta, da sua loja de aplicativos na China. Essa decisão foi tomada em conformidade com uma determinação do governo chinês, que expressou preocupações relacionadas à segurança nacional.
No entanto, é importante observar que outros aplicativos da Meta, como Instagram, Facebook e Messenger, permanecem disponíveis para download na região chinesa.
Apple não concorda com a decisão
Na sexta-feira, dia 19, os aplicativos foram removidos da loja de aplicativos da Apple após uma ordem emitida pela Administração do Ciberespaço da China. A Apple cumpriu essa ordem, mas deixou claro, por meio de um porta-voz, que não concorda com a decisão.
A empresa enfatizou que é obrigada a seguir as leis dos países onde opera, mesmo quando não concorda com elas. Este episódio destaca a complexidade das relações entre as grandes empresas de tecnologia e os governos, onde muitas vezes há tensões entre os valores corporativos e os requisitos legais locais.
“Somos obrigados a seguir as leis dos países onde operamos, mesmo quando discordamos”.
Especialistas em tecnologia sugerem que a recente remoção do WhatsApp e do Threads da loja de aplicativos da Apple na China pode estar relacionada a uma regulamentação implementada pelo governo chinês no ano anterior. Esta regulamentação, em vigor desde 1º de abril de 2024, requer o registro de todos os aplicativos junto às autoridades chinesas.
Embora a entidade chinesa não tenha explicitamente declarado seus motivos para a remoção, alguns analistas especulam que esta ação pode ser uma medida de conformidade com a referida norma.
A Apple esclareceu que os usuários chineses ainda podem acessar e instalar o WhatsApp e o Threads em seus iPhones, mas agora precisam fazê-lo por meio de outras lojas de aplicativos ou através de contas registradas em localidades externas.
Como muitas outras empresas multinacionais, a Apple precisa adaptar-se aos requisitos e preferências do país onde opera. Isso pode incluir ajustes em sua oferta de aplicativos na loja digital e colaborações com marcas locais para garantir uma melhor aceitação pelo mercado.
Recentemente, surgiram informações sugerindo que a Apple está considerando integrar a tecnologia de inteligência artificial generativa desenvolvida pela empresa chinesa Baidu nos seus futuros dispositivos, como o iPhone 16, destinados ao mercado chinês. Essa possível parceria teria sido objeto de negociações entre as duas empresas no mês de março, conforme relatado pelo site chinês China Star Market.
Além disso, como parte de sua estratégia de penetração no mercado chinês, a Apple planeja lançar o Apple Vision Pro, um dispositivo com foco em realidade aumentada e outras funcionalidades, incorporando aplicativos desenvolvidos por empresas locais. Essa iniciativa visa não apenas atender às preferências dos consumidores chineses, mas também fortalecer a presença da Apple na região, ao alinhar-se com as políticas e práticas comerciais locais.