No primeiro trimestre de 2024, o número médio de ataques cibernéticos por organização aumentou em 28% em comparação com o último trimestre de 2023 e em 5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No Brasil, houve um aumento de 38% nos ciberataques em geral durante esse trimestre. Uma organização brasileira foi alvo de várias ciberameaças, sofrendo uma média de 1.770 ataques por semana nos últimos seis meses (de outubro de 2023 a março de 2024), em comparação com uma média global de 1.155 ataques por organização.
Esses dados foram fornecidos pela Check Point Research (CPR), uma divisão especializada em Inteligência em Ameaças da Check Point Software.
Os fabricantes de computadores estão enfrentando mais ataques cibernéticos este ano, com um aumento de 37% comparado ao ano passado. Enquanto isso, os setores de Educação, Governo e Saúde continuam sendo os mais atacados. O ransomware também está crescendo, com a Europa tendo um aumento de 64% nos ataques desse tipo, seguida pela África com 18%. Mas a América do Norte é onde mais ataques de ransomware estão acontecendo, com 59% dos quase 1.000 ataques listados em sites de “vergonha” de ransomware.
O setor de comunicações teve um grande aumento nos ataques de ransomware, crescendo 177% em comparação com o ano passado. Apesar disso, representa apenas 4% dos ataques no trimestre. Isso pode estar relacionado à rápida mudança para tecnologias como 5G e Internet das Coisas, que tornam o setor mais vulnerável.
Além disso, como lida com muitos dados importantes, é um alvo atrativo para hackers, incluindo os que trabalham para governos ou querem roubar informações.
Já o setor de Educação/Pesquisa foi o mais atingido, com uma média de 2.454 ataques por semana por organização. Governos/Forças Armadas e Saúde também sofreram bastante, com 1.692 e 1.605 ataques por semana por organização, respectivamente. Isso mostra que setores essenciais para a sociedade estão enfrentando sérias ameaças cibernéticas.
Os ataques a empresas que fornecem equipamentos de hardware estão aumentando muito a cada ano, com um aumento de 37%. Isso mostra que os cibercriminosos estão mudando seus alvos. Essas empresas são cada vez mais importantes porque fornecem hardware para coisas como aparelhos inteligentes e dispositivos de Internet das Coisas. Isso faz delas alvos valiosos para os criminosos virtuais.
Na África, houve mais ataques cibernéticos por semana por organização, subindo 20% em 2023. Na América Latina, por outro lado, os ataques caíram 20%, talvez porque as pessoas tenham melhorado a segurança ou os criminosos estejam olhando para outros lugares. Na América do Norte, houve muitos ataques de resgate, com 59% dos 1.000 ataques, enquanto na Europa foram 24% e na APAC foram 12%.
Na Europa, os ataques aumentaram muito, 64% mais do que em 2023, talvez porque mais serviços estejam online ou as regras estejam tornando as empresas alvos mais visíveis. Na América do Norte, o aumento foi de 16%, mostrando que os criminosos ainda estão de olho nessa região.
O setor mais afetado por ataques de ransomware em todo o mundo foi a manufatura, com quase um terço dos ataques relatados. Depois vem a saúde, com um aumento significativo em comparação com o ano anterior, e o varejo/atacado, com uma parcela menor de ataques.