No mês de março, a Caixa Econômica Federal realizou uma licitação para contratação de uma empresa para oferecer o serviço de nuvem única. A disputa foi por um contrato de R$ 124 milhões. Foram recebidas 9 propostas, mas na época, quem levou a melhor foi a CTIS, empresa do Grupo Sonda que oferece soluções e serviços de tecnologia, que após as sucessivas rodadas, teve como lance mais baixo de R$ 49,8 milhões.
Entretanto, na época das propostas foi levantada uma questão sobre o serviço que seria oferecido pela CTIS, que poderia desclassificar sua vitória. A empresa combina 80% de nuvem Huawei e 20% de AWS (Amazon Web Service), orquestradas por um portal Morpheus (o que também não era previsto no edital). Ou seja, é multi-cloud e não de nuvem única.
Na última sexta-feira (19), após a Caixa rever o processo licitatório, a CTIS foi desclassificada já que não atendia a todos os requisitos técnicos do edital. De acordo com a instituição financeira, a CTIS não comprovou experiência prévia com projetos de dimensões semelhantes nem nos prazos desejados para a contratação.
Dessa forma, a vitória da licitação de nuvem foi para a Claro, que deu o segundo menor lance, de R$ 75 milhões. Nesta segunda-feira (22), a Caixa entrou em negociação com a operadora para reduzir o preço, que até então tinha caído para R$ 74,36 milhões.
Na época dos lances, das 9 empresas que apresentaram propostas, quatro tinham parceria com o Google, três com a AWS e duas com a Huawei (considerando a proposta multicloud da CTIS). Uma não informou qual plataforma iria utilizar para entregar os serviços.
Além da Claro e da CTIS, também participaram da disputa as empresas Atos (terceira colocada, com oferta de R$75,1 milhões), Stefanini, Sauter Tecnologia, Datarain, Agora Soluções em TICs, Marco Antonio Lamego e IPNet. Mais de 20 empresas chegaram a demonstrar interesse no processo licitatório, mas desistiram de competir e não apresentaram proposta.