No sábado (11), os funcionários de uma loja da Apple no estado de Maryland, nos Estados Unidos, votaram a favor da autorização de uma greve, após “frustrações entre os trabalhadores em relação a questões não resolvidas no local de trabalho”. Os trabalhadores marcam história novamente, uma vez que foram os primeiros da empresa a se sindicalizarem.
A Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais, Coalizão de Funcionários do Varejo Organizado (IAM CORE, na sigla em inglês), informou em comunicado que há mais de um ano está negociando com a Apple questões relacionadas ao equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, horários imprevisíveis e salários que não “se alinham com o custo de vida da região”.
“Esta votação de hoje é o primeiro passo para demonstrar a nossa solidariedade e enviar uma mensagem clara à Apple”, disseram membros do comitê de negociação do sindicato no sábado.
“A aprovação da votação da sanção à greve destaca o compromisso inabalável da IAM CORE em defender os direitos e o bem-estar dos trabalhadores em face aos desafios.”
Em resposta, um porta-voz da Apple disse que continuará a negociação com o sindicato de maneira respeitosa e de boa fé. “Na Apple, trabalhamos duro para oferecer uma experiência excelente aos membros da nossa equipe de varejo e capacitá-los a oferecer um serviço excepcional aos nossos clientes”.
O sindicato da loja de Towson não divulgou em que data os funcionários da Apple entrarão em greve. Enquanto isso, outra votação para a sindicalização de uma loja foi frustrada neste fim de semana.
Funcionários da Apple em Nova Jersey votaram contra a sindicalização. A decisão foi anunciada pelo sindicato conhecido como Trabalhadores da Comunicação da América (CWA), que alegam que a norte-americana estava envolvida em atividades ilegais de combate aos sindicatos e atribuiu a derrota às táticas da companhia de tecnologia.
Segundo a CWA, a Apple influenciou os resultados da votação, ao tirar essa decisão das mãos dos empregados. “Em vez de deixar a decisão para os próprios trabalhadores, a empresa recorreu ao seu habitual manual anti-sindical para influenciar os resultados das eleições”, disse em comunicado.