O Google demitiu pelo menos 200 funcionários da sua unidade conhecida como “core”, cuja equipe é responsável por construir a base técnica por trás dos principais produtos da empresa e por proteger a segurança online dos usuários. Segundo a apuração da CNBC, as demissões fazem parte de uma reorganização interna da empresa.
As equipes do “Core” incluem unidades técnicas importantes de tecnologia da informação, equipe de desenvolvedores Python, infraestrutura técnica, base de segurança, plataformas de aplicativos e diversas funções de engenharia. Asim Husain, vice-presidente do Ecossistema de Desenvolvedores do Google, comunicou a decisão em um e-mail para a equipe. O executivo ainda explicou que foi a maior redução planejada para sua equipe neste ano.
“Pretendemos manter nossa presença global atual e, ao mesmo tempo, expandir em locais de força de trabalho global de alto crescimento para podermos operar mais perto de nossos parceiros e comunidades de desenvolvedores”, escreveu Husain no e-mail.
Foram eliminados pelo menos 50 dos cargos de engenharia nos escritórios da empresa em Sunnyvale, Califórnia. Alguns cargos passarão a contar com correspondente na Índia e no México, conforme documentos internos. Em um e-mail separado, Pankaj Rohatgi, vice-presidente de Engenharia de Segurança do Google, informou que, para “otimizar os objetivos de negócios”, a big tech está expandindo suas operações para outros locais, resultando em “algumas eliminações de funções”.
De acordo com um porta-voz da big tech, os funcionários demitidos poderão se candidatar para outras vagas que estejam abertas na empresa e acessar serviços de recolocação, diz a “CNBC”.
Desde o início de 2023, a Alphabet, dona do Google, tem reduzido de seus funcionários com o objetivo de extinguir 12 mil empregos, correspondente a 6% de sua força de trabalho, devido à recessão no mercado de publicidade online.
Em meados de abril, Ruth Porat, diretora financeira do Google, informou que o departamento passaria por uma reestruturação, e que haveria a transferência de cargos para Bangalore, na Índia, e Cidade do México. O planejamento é montar equipes mais próximas dos usuários nos principais mercados, incluindo Índia e Brasil, que possuem mão de obra mais barata que os Estados Unidos.