O assistente de IA da Meta oferece um resumo das principais notícias do dia, mesmo após a empresa ter tomado medidas para evitar conteúdo jornalístico em suas plataformas. De acordo com o The Washington Post, o chatbot da Meta, que controla o Facebook, Instagram e WhatsApp, responde a solicitações de notícias nos EUA com frases semelhantes ou idênticas às fontes originais, embora sem exibir a referência original diretamente no texto da resposta, exigindo um clique adicional para verificá-la.
O Meta AI, lançado em abril, ainda não está disponível no Brasil, mas já está operando em outros países, integrando-se às plataformas da empresa como o WhatsApp. No Canadá, mesmo após o bloqueio de compartilhamento de links de notícias, o Meta AI continua reproduzindo notícias.
O assistente utiliza conteúdo da web para responder perguntas dos usuários e fornece fontes dos resultados de parceiros de mecanismos de busca. O porta-voz do Meta, Daniel Roberts, afirmou que desde o lançamento, houve atualizações e melhorias contínuas, e que essas atualizações irão continuar.
Países e empresas de mídia acusam Facebook e Google de lucrar injustamente com publicidade vinculada a notícias. Uma reportagem do Washington Post comparou chatbots de empresas como Google, OpenAI e Microsoft, notando que todos privilegiaram as fontes originais de notícias.
O Meta tem reduzido a exposição de notícias e conteúdo político em seus feeds de usuário, afirmando que as pessoas não utilizam a plataforma com esse propósito. Em fevereiro, a empresa anunciou essa medida oficialmente. Em março, também informou que não pagará mais às empresas de mídia australianas pelo conteúdo exibido na plataforma, em resposta à nova legislação australiana que exige acordos de licenciamento com grandes empresas de tecnologia.
A empresa anunciou o encerramento da aba de notícias do Facebook na Austrália e nos EUA, seguindo a decisão anterior do Reino Unido, França e Alemanha. O Instagram e o Threads também introduziram ferramentas para limitar conteúdo político. A Meta afirmou que as empresas de mídia se beneficiavam mais da relação, destacando que as pessoas não acessam suas plataformas em busca de notícias.