Nesta segunda-feira (13), a Oi iniciou uma ação para levar conectividade para os moradores que foram afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. A empresa começou a instalar internet por fibra óptica e rede de WiFi nos abrigos que estão acolhendo essa população.
Fabrício Bindi, head da operação residencial da Oi Fibra, explica que há centenas de abrigos em todas as cidades, e a iniciativa depende de uma coordenação com as autoridades e organizações que estão acolhendo as vítimas das chuvas. “São centenas de abrigos em todas as cidades, e ainda estamos mapeando e localizando as pessoas responsáveis. Não podemos atrapalhar as operações e outras prioridades, mas acreditamos que pode ser um grande alívio para os desabrigados contar com conectividade em fibra“, afirma.
A empresa se junta a outras ações já montadas desde a divulgação de informações emergenciais, como um call center dedicado apenas à população do Rio Grande do Sul, a recuperação da rede de fibra do Estado e até mesmo a ajuda na logística de doação.
“Estamos avaliando para levar a rede onde eventualmente a gente não esteja presente para a reconstrução do Estado. Estamos antecipando compras, remanejando estoques para dar suporte. Agora é mapear onde já dá para começar a trabalhar”, diz Fabrício Bindi.
Atualmente, a Oi possui no Rio Grande do Sul 435 mil cliente de banda larga por fibra, incluindo 24 mil circuitos de dados para governos e empresas, 500 mil clientes de voz fixa e serviços de três dígitos para todos os serviços essenciais (como os números da Polícia, Bombeiros, SAMU, Defesa Civil, empresas de energia etc). Ou seja, é uma empresa importante para o trabalho das equipes de resgates na região.
Bindi conta que o RS é uma das maiores operações estaduais da Oi. “Mais ou menos 10% de nossa base está no Rio Grande do Sul, e uma das maiores extensões da rede de fibra em que a gente opera. Isso é ruim pelo impacto, mas é positivo porque temos um grande contingente de colaboradores e equipamentos“.
Assim como as outras empresas, a Oi também foi afetada pelos estragos. A empresa tem percebido que boa parte da rede de banda larga em fibra está inativa. A companhia estima que serão necessárias substituir entre 50 mil e 100 mil ONTs (terminais ópticos de banda larga) que ficam instalados nas casas e empresas afetadas. O que representa, no limite, um quarto da base de clientes de fibra da Oi.
“Em situações normais, a nossa equipe técnica estaria dimensionada para novas vendas e instalações prioritariamente, e depois reparos. Hoje, com o cenário que está sendo enfrentado, o tempo dos técnicos passou a ser realocado para reparo, obviamente. Nesse cenário o foco não é mais o cliente novo. Mas temos que dar suporte a quem precisa de rede”, explica o head da Oi Fibra.
Outra ação da operadora foi o adiamento das datas de vencimento de faturas. “Postergamos as datas de vencimento de faturas e vamos suspender por até 4 meses o serviço para quem precisar sem custo. O que a gente não pode, nessa hora, é ser uma preocupação para a população“, afirma Bindi.