Nessa semana, a Vivo passou a integrar o Programa Celular Seguro, lançado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, que até então não havia aderido ao programa por incompatibilidade nos sistemas. Agora, a operadora passará a bloquear as linhas de celulares roubados através de alertas da plataforma, inutilizando o chip desses aparelhos.
De acordo com o secretário-executivo do MJSP, Manoel Carlos de Almeida Neto, responsável pelo acordo com a Vivo, a não participação da operadora no serviço era uma das principais falhas do programa.
“Com a integração da Vivo, corrigimos uma das principais falhas do Programa Celular Seguro, que ainda não contava com a operadora por incompatibilidade dos sistemas utilizados. A partir de agora, teremos mais adesões e os usuários contarão com uma ferramenta mais completa, confiável e segura”, relata.
Com o programa é possível bloquear todos os aparelhos quando são roubados ou furtados. No entanto, os chips da Vivo continuavam ativos, permitindo que os criminosos instalassem os chips em outros celulares e seguir aplicando golpes financeiros por meio do WhatsApp e redes sociais das vítimas.
Com a adesão da tele, o Celular Seguro passa a ser mais eficaz. De acordo com o diretor de Relações Institucionais da Vivo, Tiago Machado, mais de 100 chips já foram bloqueados após alertas desde segunda-feira (27), quando a adesão foi confirmada.
Entre as ações que possibilitaram a adesão, está a mudança na gestão da equipe de tecnologia da informação do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que passou a ser coordenada por peritos da Polícia Federal indicados pelo secretário-executivo.
A operadora é a última a aderir o programa, uma vez que a TIM e a Claro já realizam o bloqueio das linhas a partir de alertas da ferramenta. Os aplicativos bancários instalados nos aparelhos também são bloqueados para preservar as informações das vítimas e evitar golpes.
Programa Celular Seguro
O projeto já ultrapassou a marca de dois milhões de cadastros de usuários. O acesso é feito por meio do gov.br. Os celulares podem ser registrados via site ou aplicativo, disponíveis na Play Store (Android) e na App Store (iOS). A ferramenta já recebeu quase dez mil alertas de usuários referentes a perda, roubo ou furto de aparelhos.