Nesta quarta-feira (05), a GSMA divulgou um relatório no evento M360, na Cidade do México, onde aponta mais da metade (55%) das conexões móveis na América Latina serão 5G até 2030, sendo que o Brasil e o México estarão entre os mercados da região com a maior participação do 5G sobre suas respectivas bases.
Segundo os dados, o Brasil corresponderá por 78% da média no 5G. Em 2030, o 4G responderá por 20% da base móvel, enquanto o 3G e o 2G somarão apenas 2%. Para efeito de comparação, o 5G representava apenas 9% da base brasileira até o fim de 2023. Além disso, a proporção de smartphones na base de celulares do país será de 95%. Em 2023 era de 85%.
Já no México, a média do 5G será de 62%. O 4G representará 19% da base móvel, ante 51% em 2023. E o 3G terá uma participação também de 19%, mas igualmente em declínio – era 39% em 2023. O 2G já terá desaparecido no país daqui a seis anos.
No país mexicano, os smartphones representarão 88% do parque de celulares ativos em 2030, um crescimento de 16 pontos percentuais em comparação com 2023, quando eram 72%.
O Diretor Geral da GSMA, Mats Granryd, disse na abertura que “o ecossistema móvel da América Latina está avançando fortemente, com mais de 465 milhões de usuários de serviços móveis e a implantação do 5G ganhando impulso em toda a região“.
“O M360 LATAM e o CLTD reúnem líderes digitais e formuladores de políticas sob o mesmo teto, para alinhar os temas que moldarão a próxima fase da transformação digital da região, desde a ação climática e o uso responsável da IA, até a lacuna de uso e a política de espectro”, explicou.
De acordo com o relatório, em abril de 2024, 29 operadoras em 10 países haviam lançado serviços comerciais de 5G. O setor móvel contribuiu com US$ 520 bilhões (8% do PIB) à economia da América Latina e apoiou 2 milhões de empregos em 2023.
Ainda é previsto que em 2030, haverá aumento para 32 GB no tráfego mensal de dados móveis por conexão na América Latina. Em 2023 era de 7 GB. Novas abordagens políticas serão necessárias para promover a eficiência da rede e garantir investimentos em infraestrutura digital. Haverá crescimento também nas conexões celulares IoT licenciadas, que passarão de 74 milhões em 2023 para 125 milhões em 2030. 80% dessa alta virão do Brasil e do México.