22/12/2024

Da Itália, médico opera paciente em Pequim com uso de robô e 5G

Cirurgia foi possível por causa da ostensiva cobertura que o país chinês possui da rede 5G, o que fez cair a latência da conexão.

Um médico chines realizou pela primeira vez no mundo uma cirurgia de maneira remota. A telecirurgia ocorreu por meio de um console cirúrgico conectado a um conjunto de braços robóticos turbinados com 5G e internet por fibra óptica. O procedimento foi realizado pelo cirurgião Zhang Xu, da Academia Chinesa de Ciências, que estava na cidade de Roma, na Itália, enquanto o paciente estava na China (Ásia).

Foto: Divulgação X Mundo China

Esse é um grande marco para a medicina e para a tecnologia, e principalmente para o uso do 5G em conjunto com a robótica e a inteligência artificial. A operação foi bem-sucedida, onde o médico removeu um tumor da proposta da pessoa operada.

Durante o procedimento, o profissional usou telas que exibiam imagens em tempo real do paciente, e o permitia detectar movimentos e controlar o robô. A telecirurgia foi transmitida ao vivo durante uma conferência médica que discutia os avanços da telemedicina aliada à robótica e à inteligência artificial, que aconteceu em Roma, na última sexta-feira (7).

De acordo com a rede estatal CCTV, o procedimento foi possível por causa da ostensiva cobertura que o país chinês possui da rede 5G, o que fez cair a latência (o atraso entre comando e resposta) dos braços robóticos para 135 milissegundos. O recomendado para a telecirurgia é de 200 milissegundos.

O médico Zhang para a CCTV que “O maior problema com uma cirurgia remota é a comunicação, se acontece algum atraso”, No entanto, “durante a cirurgia, quase não houve atraso e foi quase o mesmo que uma cirurgia no local“, acrescenta.

Após o sucesso do procedimento, o cirurgião afirmou que agora quer usar a tecnologia para operações militares da China, o que permitiria instalar equipamentos cirúrgicos remotos para equipes chinesas.

“Através da cirurgia remota, podemos levar os recursos médicos mais avançados para a linha de frente”, afirma Zhang.

As telecirurgias não são exatamente uma novidade, mas o que impressionou foi a distância geográfica entre o medido e o paciente. Para se ter uma ideia, o voo mais rápido entre a Itália e a China demoraria pelo menos 11 horas. Dessa forma, a tecnologia pode expandir cuidados médicos para regiões de difícil acesso no mundo.

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