Nesta segunda-feira (24), o Grupo TIM (antiga Telecom Italia), controladora da operadora brasileira TIM, anunciou que a conclusão da venda da sua unidade de infraestrutura de rede fixa na Itália, a NetCo, para o fundo norte-americano KKR, está programada para acontecer no dia 1º de julho.
De acordo com comunicado da empresa, a data foi firmada em conjunto com a KKR. A operação ocorrerá por intermédio da Optics BidCo, uma subsidiária do KKR que será a responsável pela gestão da NetCo após a conclusão do negócio.
O Grupo TIM fechou o acordo de venda da divisão de redes físicas de 18,8 bilhões de euros (aproximadamente R$ 108,7 bilhões), mas o valor da transação pode subir para 22 bilhões de euros (R$ 127,2 bilhões), caso algumas condições previstas em contrato sejam atingidas.
No primeiro trimestre deste ano, a diretoria do Grupo TIM divulgou o seu plano industrial para o período de 2024 a 2026, onde já levava em consideração a venda da NetCo e projetava alta nas receitas de 3% a uma taxa de crescimento anual composta (CAGR, na sigla em inglês) durante esse período.
A operadora italiana ainda planeja vender a Sparkle, braço de atacado e de cabos submarinos, mas até o momento, ainda não recebeu uma proposta considerada adequada pelo ativo.
Com a data para conclusão do negócio marcada, a empresa italiano explicou que seu calendário corporativo de 2024 foi alterado para que o Conselho de Administração possa se reunir em 31 de julho, quando deverá examinar os dados preliminares de 30 de junho. A aprovação definitiva fica para 26 de setembro. Já a aprovação do balanço do terceiro trimestre (julho a setembro) deve ser feita no dia 13 de novembro.
A operação já recebeu aval da União Europeia e do governo italiano. Ao longo deste ano, a gigante italiana também contraiu um empréstimo ponte para cobrir as necessidades de financiamento até a conclusão da venda da NetCo.
Vale lembrar que o negócio foi bastante criticado por acionistas da operadora, como a Marlyn Partners, que inclusive sugeriu a venda da TIM Brasil. A Vivendi, que é a maior acionista individual do Grupo, abriu um processo contra a empresa na Justiça italiana. Vale lembrar que a decisão tomada pelo conselho não foi levada para apreciação dos acionistas.