Por meio de um comunicado ao mercado divulgado nesta segunda-feira (03), a Oi informou que a agência de classificação de risco Standard & Poors (S&P) revisou sua nota de crédito. Com isso, em escala global, a nota de classificação de risco da operadora passa de “D” para “CCC-”, enquanto que em escala nacional passa de “D” para “bcCCC+”.
Por enquanto, o rating das emissões permanece “D”, por causa do prazo necessário para a novação e substituição dos instrumentos de dívida da companhia, como parte de sua recuperação judicial.
Até lá, a classificação de risco de crédito da empresa fica em observação pela S&P. Além disso, indicou que a perspectiva de nota para a Oi é positiva. “A agência colocou as classificações de risco da Oi em CreditWatch com perspectivas positivas, o que indica potencial para uma nova elevação de rating, uma vez reavaliada a estrutura de capital e a liquidez da Companhia, após conclusão do processo de novação da dívida“, afirmou o fato relevante da Oi, assinado pela diretora de relações com investidores da Oi, Cristiane Barretto Sales.
CVM abre processo contra diretora da Oi
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu processo sancionador contra a diretora de relações com investidores da Oi, Cristiane Barretto Sales, em relação à divulgação pela Oi, em fevereiro de 2023, do pedido de tutela de urgência cautelar que a protegeu de credores.
O processo vai investigar a conduta da diretora para saber se faltaram informações no fato relevante publicado pela companhia, já que no mês seguinte ao pedido de tutelas, a operadora entrou em nova recuperação judicial.
A CMV questionou a operadora em 2 de fevereiro de 2023 as razões para o pedido de tutela ter saído primeiro na imprensa, no caso de reportagem da Folha de S. Paulo, e com muito mais detalhes do que constavam no fato relevante da Oi.
Na época, a empresa respondeu que “imediatamente após tomar conhecimento da veiculação de notícias na imprensa sobre Pedido Cautelar, antes da abertura do mercado, divulgou fato relevante,” acrescentando que “as informações constantes do Pedido Cautelar podem ser extraídas de informações e documentos anteriormente divulgados pela Companhia”.
No entanto, a resposta não agradou muito a área técnica da CVM, que formulou uma acusação contra a diretora, e que ainda vai a julgamento.