Após uma desaceleração em março, os cancelamentos de telefonia fixa aumentaram em abril, com 640 mil linhas desativadas, o maior número de 2024 até agora, superando ligeiramente as 638 mil de fevereiro. Dados da Anatel indicam que o Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) terminou abril com 23,91 milhões de linhas ativas, uma redução de 2,6% em relação a março (24,55 milhões).
Em um ano, houve um aumento alarmante no número de cancelamentos do serviço de linhas fixas. Em abril de 2023, o país tinha 26,94 milhões de linhas fixas, mas ao longo desse período, 3,03 milhões de acessos foram descontinuados, resultando em uma queda anual de 11,3% em termos percentuais.
A Claro perdeu 43 mil linhas fixas em abril, ficando com 7,18 milhões de acessos. A Oi teve 83 mil desligamentos, reduzindo sua base para 6,37 milhões. A Vivo registrou 61 mil cancelamentos, ficando com 6,16 milhões de linhas ativas. A Algar perdeu 12 mil clientes, totalizando 1,02 milhão de acessos. Em relação à outorga, 54,6% do mercado é dominado pelas empresas de autorização, enquanto as concessionárias representam 45,4%.
TV por assinatura
A TV por assinatura no Brasil também está experimentando um declínio contínuo, semelhante ao que já ocorreu com a telefonia fixa. Em abril, o número de assinantes desse serviço chegou a 10,85 milhões, representando uma queda de 1,8% em relação a março, quando havia 11,05 milhões de assinantes. Durante o quarto mês do ano, houve o cancelamento de 195 mil contratos.
Olhando para um período mais longo, nos últimos 12 meses, o setor registrou um total de 2,38 milhões de cancelamentos, comparado aos 13,23 milhões de assinantes em abril de 2023. Isso representa uma redução anual de 18% no número de assinaturas. Esse declínio contínuo aponta para uma mudança no comportamento dos consumidores em relação às opções de entretenimento e ao modo como consomem conteúdo televisivo.
No mês de abril, as principais empresas do setor de TV por assinatura sofreram uma queda no número de clientes. A empresa Oi, por exemplo, teve 71 mil desconexões, resultando em uma base de clientes reduzida para 1,27 milhão. Da mesma forma, tanto a Claro, com 5,16 milhões de assinantes, quanto a Sky, com 3,13 milhões, registraram 59 mil cancelamentos de contratos.
É importante ressaltar que esses números se referem especificamente ao modelo de TV por assinatura regulado pela Lei do Serviço de Acesso Condicionado (SeAC), que inclui serviços como TV a cabo e por satélite. Os planos de TV por streaming não estão inclusos nessas estatísticas.