O Koo, rede social indiana que ganhou destaque temporário após mudanças no antigo Twitter, atual X, anunciou o encerramento de suas operações. A decisão segue o fracasso das negociações de aquisição pela Dailyhunt, último recurso para sua sobrevivência, segundo o TechCrunch.
Apesar de ter assegurado mais de US$ 60 milhões em financiamento de investidores relevantes, a rede social Koo enfrentou desafios substanciais para aumentar sua base de usuários e gerar receita nos últimos dois anos. Em 2023, assim como muitas outras empresas do setor tecnológico, a Koo implementou cortes significativos para melhorar a eficiência operacional. A empresa demitiu 30% de seus funcionários nesse processo.
Em um esforço para se recuperar em um cenário econômico incerto, a Koo buscou novas rodadas de investimentos, mas não obteve êxito. Diante dessa situação, a venda da rede social foi considerada a última estratégia viável para manter o negócio. No entanto, conforme comunicado pelos fundadores da Koo nesta quarta-feira (3), as negociações para a venda também não se concretizaram.
Segundo Aprameya Radhakrishna e Mayank Bidawatka, fundadores do Koo, em publicação no LinkedIn, eles tentaram fazer parcerias com outras empresas mas nenhuma foi a frente diante do que eles queiram para o futuro da rede social.
“Exploramos parcerias com várias empresas de internet maiores, conglomerados e casas de mídia, mas essas conversas não produziram o resultado que queríamos. A maioria deles não queria lidar com conteúdo gerado pelo usuário e a natureza selvagem de uma empresa de mídia social.”
Em 2020, o Koo foi lançado como uma alternativa ao Twitter, atraindo usuários insatisfeitos com a gestão de Elon Musk na plataforma. O aplicativo rapidamente ganhou popularidade global, expandindo-se para vários países, incluindo o Brasil, onde alcançou 2 milhões de usuários em apenas quatro dias. A alta demanda levou a rede social a estabelecer uma equipe de comunicação local e considerar a abertura de um escritório no país.