Nesta quarta-feira (17), ocorreu o leilão da unidade de clientes banda larga por fibra da Oi, a ClientCo. No entanto, a empresa recebeu apenas uma proposta para aquisição do seu ativo, que veio da Ligga, operadora de pequeno porte com sede no Paraná e controlada pelo fundo de investimento de Nelson Tanure, e com valor bem inferior ao mínimo estabelecido no edital.
Com isso, a juíza Caroline Rossy Brandão Fonseca, em exercício na 7ª Vara Empresarial do Rio, suspendeu a audiência de leilão. A informação foi dada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), por meio de sua assessoria de imprensa.
Após a abertura dos envelopes com as propostas das empresas habilitadas para aderires a ClientCo, somente a Ligga Telecomunicações apresentou proposta, no valor de R$ 1,030 bilhão, para compra do lote integral. Na disputa estava Vero Internet e BrasilTecpar, mas não apareceram ofertas.
Agora, a Administração Judicial Conjunta submeterá a proposta da Ligga para análise e deliberação de um grupo de credores do Grupo Oi, que irão discutir sobre o valor ofertado. Foi designada a data de 6 de agosto para retomada da audiência.
De acordo com o edital do leilão, o Grupo Oi determinou um lance mínimo de R$ 7,3 bilhões pela sua unidade de clientes de fibra óptica. Cujo valor também está no plano de recuperação judicial aprovado pelos credores. Vale lembrar que a V.tal assumiu um compromisso de apresentar uma oferta pelo ativo em uma segunda rodada, caso não seja vendida na primeira tentativa.
A venda da ClientCo é parte fundamental para o processo de recuperação judicial da Oi. No dia 28 de maio deste ano, a juíza Caroline Rossy Brandão Fonseca concedeu a recuperação judicial ao Grupo Oi e homologou o plano de recuperação aprovado por maioria expressiva em Assembleia Geral de Credores ocorrida em 19 de abril.