26/12/2024

Meta muda política para excluir conteúdos de ódio; entenda

Controladora do Facebook e Instagram, a Meta, fez modificações na política sobre discuso de ódio para adptar alguns detalhes.

A Meta anunciou que vai remover postagens que utilizem o termo “sionistas” para se referir aos judeus e israelenses, em vez de ao movimento político. A empresa controladora do Facebook e Instagram disse que excluirá conteúdos que ataquem “sionistas” quando não estiverem claramente relacionados ao movimento político e utilizem estereótipos antissemitas ou ameacem causar danos por intimidação ou violência contra judeus ou israelenses.

A política de discurso de ódio da Meta proíbe ataques diretos a indivíduos baseados em características protegidas, tais como raça, etnia, filiação religiosa, deficiência e identidade de gênero, entre outras. Essas diretrizes foram criadas para promover um ambiente seguro e respeitoso nas plataformas da empresa, incluindo Facebook e Instagram. Ao identificar e remover conteúdo que viola essas regras, a Meta busca reduzir a disseminação de discurso de ódio e proteger os usuários de abusos e discriminação.

A Meta explicou que suas políticas atuais tratam o termo em questão como representante do povo judeu ou israelense apenas em duas circunstâncias específicas. No entanto, essas políticas não são suficientes para abordar todas as formas amplas e diversas como as pessoas utilizam o termo.

A empresa reconhece que o uso de “sionista” muitas vezes vai além dessas circunstâncias restritas e pode ser utilizado de maneira ofensiva ou prejudicial.

Portanto, a Meta decidiu revisar suas diretrizes para remover postagens onde “sionista” é empregado para atacar judeus ou israelenses, especialmente quando usado com estereótipos antissemitas ou ameaças de violência e intimidação.

A Meta atualizou sua política após consultas com 145 partes interessadas, incluindo representantes da sociedade civil e do meio acadêmico em diversas regiões do mundo. Esta atualização ocorre em um contexto de tensões crescentes no Oriente Médio devido ao conflito entre Israel e o Hamas. A medida reflete o esforço da empresa em responder de forma responsável ao uso de linguagem que possa incitar ódio e violência, especialmente em um momento delicado na região.

A companhia tem enfrentado críticas contínuas há anos devido à sua abordagem na gestão de conteúdos relacionados ao Oriente Médio. Essas críticas se intensificaram após o início do recente conflito na região, com organizações de direitos humanos acusando a empresa de censurar postagens que apoiam os palestinos no Facebook e no Instagram.

Os críticos argumentam que a Meta está suprimindo vozes pró-palestinas, o que levanta preocupações sobre a imparcialidade e a liberdade de expressão nas suas plataformas.

ViaUol
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