Durante a noite de domingo (29), várias operadoras e serviços de telecomunicações foram alvos de sabotagem na França, de acordo com as autoridades policiais francesas. Na ação, vários cabos de fibra óptica que fornecem o serviço de banda larga no país foram cortados, afetando diversas regiões do país francês.
Os cabos de fibra óptica cortados afetaram nove departamento ao todo, incluindo: Ardèche, Aude, Bouches-du-Rhône, Drôme, Hérault, Vaucluse, Marne, Meuse e Oise, informou a Federação de Telecomunicações Francesa. No entanto, as conexões em Paris, sede dos Jogos Olímpicos 2024, não foram afetadas, assim como os próprios jogos, segundo um porta-voz da parceira de telecomunicações das Olimpíadas, a Orange SA.
As depredações ocorridas nas redes de fibra ótica afetaram serviços de internet, telefonia fixa e telefonia móvel. Em uma postagem na rede X, a secretária de Estado responsável pelo Digital, Marina Ferrari, condenou os atos, classificando-os como “irresponsáveis” e “covardes”.
“Os danos cometidos em várias regiões na noite passada afetaram nossas operadoras de telecomunicações”, escreveu. “Eles têm consequências localizadas no acesso à fibra, telefonia fixa e móvel”, acrescentou.
As empresas de telecomunicações Bouygues e Free confirmaram o ataque que afetou seus serviços. A imprensa francesa afirma que o provedor SFR também teve seus serviços afetados.
Em entrevista, Romain Bonenfant, chefe do grupo industrial Federação de Telecomunicações Francesa, disse que “Defendemos que a França reforce as sanções criminais para vandalismo em infraestrutura de telecomunicações, que devem ser equiparadas ao vandalismo em infraestrutura de energia”.
“A infraestrutura de telecomunicações, como as ferrovias, cobre quilômetros por todo o território — não é possível colocar vigilância em todas as partes dela.”
França em alerta máximo
Com as Olimpíadas, o país tem estado em alerta máximo para evitar sabotagens e ou violências que interfiram no evento. Especialmente depois dos ataques ferroviários ocorridos na semana passada nas linhas de trens de alta velocidade de Paris, que ligam a cidade a outras regiões da França e a outros países. Com os ataques, mais de 800 mil pessoas foram afetadas.