Nesta semana, a Oi divulgou comunicado sobre o seu plano de recuperação judicial e a venda da ClientCo, sua unidade do cliente de fibra óptica. No primeiro caso, o Conselho de Administração aprovou a troca de dívida por ações para os credores. Serão emitidos 264.091.634 ações ordinárias ao preço de R$ 5,26 cada.
De acordo com a empresa, o montante total do aumento de capital será de R$ 1.38 bilhão e será integralizado por meio da capitalização de parte do saldo remanescente dos créditos detidos por credores quirografários. A conversão será usada para atender somente aos credores que por esta forma de equação da dívida. Credores de outras categorias não terão direito aos papéis.
A empresa explica que o aumento de capital é parte de um dos principais objetivos do plano de recuperação. O objetivo é auxiliar o fortalecimento da “estrutura de capital da Companhia, contribuindo para a equalização de seu passivo e superação da atual crise econômico-financeira do Grupo Oi”.
Antes da emissão e entrega das ações aos credores, a Oi precisa da autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Edital do leilão da Oi Fibra
Em Fato Relevante, a Oi comunicou que os credores com direito a opinar sobre a venda da ClientCo devolveram à Justiça a proposta de edital da segunda rodada do leilão. De acordo com a empresa, o documento foi devolvido com sugestões de alterações, mas não detalhou quais seriam essas mudanças.
A Oi informou que “avaliará a aderência dos referidos comentários e ajustes aos termos do Plano de Recuperação Judicial e tomará, oportunamente, as medidas cabíveis e necessárias para a publicação do Edital UPI ClientCo – Segunda Rodada, conforme previsto no Plano de Recuperação Judicial”.
O certame vai para sua segunda rodada, após ter recebido apenas uma proposta, da Ligga Telecom, na primeira rodada. A oferta da telecom foi rejeitada pelos credores da Oi.