21/11/2024

Presidente da Venezuela deleta WhatsApp e pede que população faça o mesmo

Para Nicolás Maduro, o aplicativo de mensagem está sendo utilizado por ‘grupos fascistas’ para ameaçar a Venezuela; entenda.

Nesta segunda-feira (05), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que o WhatsApp é uma ameaça para o país e afirmou que vai desinstalar o aplicativo. Em substituíção usará o Telegram, desenvolvido na Rússia, e o WeChat, da China. Em sua decisão, ele ainda pediu que a população faça o mesmo.

No seu discurso transmitido ao vivo pelo seu canal no YouTube, o presidente disse que o aplicativo é usado por “grupos fascistas”. “Eu vou romper relações com o WhatsApp, porque o WhatsApp está sendo utilizado para ameaçar a Venezuela”, declarou.

“Eu vou deletar o WhatsApp do meu telefone para sempre. Pouco a pouco, vou passando meus contatos para o Telegram e para o WeChat”, completou.

O líder da Venezuela afirmou que o aplicativo está sendo utilizado por criminosos para ameaçar a juventude e os líderes populares e estão “ameaçando a família militar venezuelana”. Ele falou em uma retirada “voluntária, progressiva e radical” do WhatsApp dos celulares dos venezuelanos. Essas ameaças, segundo eles, viriam de telefones baseados em países como Colômbia, EUA, Peru e Chile.

“Ou se está com a violência ou com a paz”, disse. “Ou se está com os fascistas ou com a pátria. Ou se está com o imperialismo ou com a Venezuela”, acrescentou.

Entenda mais

O presidente da Venezuela está seguindo o mesmo caminho de países como a China, que impede o uso do aplicativo dentro do país. O WhatsApp também já foi alvo do regime da Nicarágua. As redes sociais têm sido um recurso para a oposição venezuelana se comunicar com a população, já que quase toda a mídia do país está sob o controle do regime chavista.

Nicolás Maduro foi declarado o vencedor das eleições de 28 de julho pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) na segunda-feira (29), com 51,95% dos votos contra 43,18% do opositor Edmundo González, com 96,87% das urnas apuradas. O resultado foi contestado pelo órgão eleitoral e pediram a divulgação das atas eleitorais.

Nessa contagem paralela, o vencedor foi González com 67% dos votos contra 30% de Maduro. Com base nisso, Estados Unidos, Panamá, Costa Rica, Peru, Argentina e Uruguai declararam que o candidato da oposição venceu Maduro. A Organização dos Estados Americanos (OEA) também não reconheceu o resultado do CNE.

ViaG1
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