De acordo com a mais recente pesquisa da Canalys, o mercado de smartphones atingiu a venda de 33,5 milhões de aparelhos no segundo trimestre de 2024 na América Latina. Esse número representa um crescimento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o relatório, o mercado atingiu o quarto trimestre consecutivo de crescimento anual de dois dígitos.
Esse crescimento foi alimentado, em sua maior parte, por smartphones que custam menos de US$ 200, cerca de R$ 1.100. O levantamento ainda aponta que a venda dos aparelhos tem aumentado substancialmente na região.
“A demanda por smartphones continua a crescer na América Latina graças a um ciclo de atualização contínuo que foi acelerado por grandes investimentos de fornecedores ambiciosos em crescimento”, disse o analista sênior da Canalys, Miguel Pérez.
Marcas mais vendidas
Segundo o relatório, a Samsung manteve sua liderança no mercado, vendendo 10,2 milhões de smartphones, um crescimento de 9% ano a ano. A marca teve sua demanda impulsionada pelo bom desempenho da linha Galaxy A de baixo custo.
A segunda colocada ficou para a Xiaomi, com um crescimento de 35% nas remessas para 6,2 milhões de dispositivos. A fabricante vendeu 6,2 milhões de smartphones. A Motorola veio em terceiro, enviando 5,7 milhões de unidades. A Transsion (3,2 milhões de unidades vendidas) foi a que mais cresceu no período, com um aumento nas vendas de 52%. Em seguida vem a HONOR crescendo 47%, com 1,7 milhão de unidades.
O relatório aponta uma participação das marcas ZTE e da Apple, mas é pequena.
Segundo Miguel Pérez, a “maioria dos fornecedores está voando alto com fortes taxas de crescimento”, mas “há preocupações crescentes sobre a saturação do mercado combinada com a crescente incerteza no ambiente econômico global e da eleição presidencial dos EUA, o que pode impactar a demanda por smartphones na região”.
“Se não for bem administrada, a desaceleração pode comprometer as ambições de longo prazo dos fornecedores e do canal de vendas. Para todos os participantes do setor, será crucial ter um gerenciamento de estoque eficaz, controles rígidos de reposição e planejar a alocação de recursos com bastante antecedência”, explica.