Se você é daqueles que “divide” a senha do Disney+ com amigos e familiares, pode começar a se preparar: essa facilidade está com os dias contados. A partir de 12 de novembro, o serviço de streaming vai notificar os assinantes brasileiros sobre o fim do compartilhamento de senhas entre diferentes residências.
A medida já está em vigor em países como Canadá, Estados Unidos e Reino Unido, e agora chegou a vez do Brasil entrar na lista.
Notificações começam em novembro, mas bloqueio ainda não tem data
Embora as notificações cheguem aos usuários em novembro, a Disney ainda não definiu quando o bloqueio vai, de fato, começar. Por enquanto, quem estiver fora da residência principal continuará tendo acesso, mas a plataforma pretende limitar essa prática em breve. A ideia é seguir o caminho da Netflix, que também impôs restrições e cobra uma taxa adicional para quem deseja compartilhar a assinatura com pessoas fora da mesma casa.
Nos Estados Unidos, o custo para adicionar um membro extra é de US$ 6,99, cerca de R$ 40. Se o modelo for mantido no Brasil, a Disney+ deverá permitir acesso pago para endereços diferentes, sem interromper completamente o uso compartilhado.
Como o serviço vai identificar quem compartilha?
A Disney informou que vai usar uma combinação de dados para detectar os acessos. Isso inclui a análise de atividades na assinatura, dispositivos conectados e até o endereço de IP das conexões. Assim, quem assistir fora da casa registrada poderá receber notificações no aplicativo, informando sobre o bloqueio iminente.
Ainda não se sabe se haverá uma taxa específica para o Brasil, mas o mais provável é que o serviço siga um modelo similar ao aplicado lá fora. Outra opção é permitir que perfis dentro de uma conta sejam migrados para uma nova assinatura, mantendo todas as preferências e histórico de conteúdo.
O que muda nos planos Padrão e Premium
Atualmente, o Disney+ oferece dois planos no Brasil:
- Plano Padrão: R$ 43,90/mês ou R$ 368,90 por ano.
- Plano Premium: R$ 62,90/mês ou R$ 527,90 por ano.
Mesmo com o fim do compartilhamento gratuito, não houve anúncio de mudança nos valores desses planos. No entanto, é possível que a plataforma passe a oferecer opções extras para quem deseja compartilhar a conta, cobrando uma taxa adicional, como já acontece em outros mercados.
A estratégia para conter perdas no streaming
Essa decisão da Disney segue uma tendência no setor de streaming: reduzir o prejuízo gerado por assinaturas compartilhadas. Em uma entrevista recente, o CEO da empresa, Bob Iger, comentou que a medida é uma resposta às perdas, que chegaram a US$ 4 bilhões no último ano.
Apesar das restrições, a empresa tem mostrado sinais de recuperação. Após a fusão com Star+ e ESPN, o Disney+ apresentou um lucro operacional de US$ 47 milhões no último trimestre, demonstrando que o ajuste nas contas já começa a dar resultado.
Seja como for, os assinantes brasileiros terão que se adaptar à nova realidade em breve. Agora, a dúvida é: vale a pena continuar pagando o serviço sozinho, ou será que a turma vai dividir o custo do “extra”?