A oferta do serviço 3G no Brasil está extremamente concentrada nas áreas de maior poder econômico – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Recife e Porto Alegre – e ainda assim apenas nas áreas urbanas, as regiões metropolitanas sofrem ainda com baixa cobertura. Nas localidades menores, o serviço – onde existe – é ofertado por apenas uma única operadora, sem qualquer disputa pela preferência do assinante.
A constatação é feita no estudo Huawei/Teleco sobre banda larga móvel no Brasil, na capital paulista. Para se ter uma ideia quase 3.000 municípios não têm o serviço, o que significa uma população de mais de 30 milhões de brasileiros sem oportunidade de usar a tecnologia móvel.
Além disso, pouco mais de 900 localidades são atendidas por apenas uma operadora – numa prova que não existe disputa entre as prestadoras. A competição efetiva entre as quatro prestadoras em atividade – a Nextel só tem entrada prevista no mercado no segundo semestre de 2012 – em 4% dos municípios, ou seja, nas principais capitais do país.
O levantamento também mostra que a universalização está bem distante do consumidor brasileiro. No quarto trimestre do ano passado, a densidade de banda larga móvel atingiu 21,4 acessos por grupo de 100 habitantes, enquanto a densidade de banda larga fixa ficou em 14,2 acessos para 100 habitantes. A cobertura 3G das teles ainda está muito desequilibrada. A Vivo está presente em mais 2.500 localidades e está disparada na frente das concorrentes.
Na segunda posição, revela o estudo, desponta a Claro que chega a 675 municípios. A TIM vem em seguida com 502 localidades e, por fim, a Oi, presente em 261 municípios. A banda larga móvel via modem foi relegada a um segundo plano – mesmo onde ela poderia despontar como uma alternativa à ausência de redes fixas.
Tanto que, de acordo com o Teleco, os acessos móveis à Internet acontecem via celular, mas a presença dos smartphones no Brasil ainda é pequena – representaram apenas 15% da base até dezembro. No acumulado de 2011, a banda larga móvel cresceu 67,5% no Brasil e fechou o ano com 38,1 milhões de acessos, contabilizando aparelhos celulares, modems e aparelhos para leitura de cartão de crédito, entre outros.