Na última quarta-feira (20) o Google anunciou que a partir de maio haverá uma atualização na política da loja de aplicativo Play Store, onde serão excluídos os aplicativos de terceiros utilizados por usuários para gravarem ligações nos smartphones com Android.
A novidade está presente em um documento na página de suporte. Em uma das seções, o Google afirma que “a API de acessibilidade não foi projetada e não pode ser solicitada para gravação de áudio de chamadas remotas”. Com isso, os apps que usam este recurso para registrar chamadas não serão mais permitidos na Google Play Store.
A nova política entrará em vigor a partir de 11 de maio. No entanto, a atualização só valerá para os aplicativos de terceiros, sendo que as soluções nativas não serão alteradas. Moun Choi, líder de operações de conteúdo, deu explicações sobre a política em um evento para desenvolvedores.
A atualização se refere a “gravação de áudio da chamada onde a pessoa do outro lado não sabe que a gravação está ocorrendo”. Mas, “se o aplicativo for o discador padrão no telefone e também for pré-carregado”, o recurso de acessibilidade para acessar o áudio da ligação não será necessário. Ou seja, não vai violar a nova política.
Não é novidade que o Google tem desencorajado o uso desses aplicativos há alguns anos. Como observado pelo XDA-Developers, a companhia deu fim à API oficial para a gravação de chamadas telefônicas no Android 6. Após os desenvolvedores terem procurado alternativas, a empresa reforçou o impedimento no Android 9 e 10. Atualmente, os aplicativos utilizam a API de acessibilidade para capturar o áudio das chamadas.
Entre as preocupações para tal atualização da política do Google Play Store está a questão da privacidade, uma vez que ocorre a agravação de ligações sem que a outra pessoa saiba, além da questão legal, já que as legislações mudam de um país para o outro.
