A mesma empresa que desenvolveu o sistema de identificação biométrica do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e de bancos como a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco do Brasil, é a que desenvolve uma solução tecnológica usada pelo Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, para identificar terroristas.
Pode parecer coisa de cinema, e é: a tecnologia criada no Brasil pela Griaule ajuda as polícias de vários países e identificar criminosos usando impressões digitais, impressões palmares, íris e biometria facial, algo que vemos nos filmes de ficção científica e séries criminais.
Com sede em Campinas, a Griaule criou um sistema de identificação biométrico automatizado que faz buscas em bases de centenas de milhões de pessoas.
“Fragmentos de impressões digitais e impressões palmares deixadas em cenas de crime, bem como imagens faciais de pessoas não identificadas são periciadas, digitalizadas e importadas para o sistema de identificação biométrica, permitindo que, em poucos minutos, o perito tenha informações precisas sobre os suspeitos”, comenta o diretor de Marketing da Griaule, Thiago Ribeiro.
As soluções tecnológicas da empresa foram apresentadas no XXVI Congresso Nacional de Criminalística, que aconteceu entre 17 e 20 de Maio, na Expo D.Pedro, em Campinas. O Congresso, realizado pelo Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo (SINPCRESP), reuniu peritos criminais de todo mundo.
“A tecnologia é imprescindível para a elucidação de crime e as soluções fornecidas pela Griaule são uma ferramenta fundamental para agilizar o trabalho das unidades periciais de todo Brasil”, comenta o presidente do Sindicato, Eduardo Becker.
Parceria com TSE
Essa tecnologia é utilizada em sete estados brasileiros, mas o TSE vem fechando acordos de cooperação com os estados. Segundo Ribeiro, desde o início de 2021, essa parceria já possibilitou identificações positivas de mais de 1000 impressões digitais encontradas em cenas de crime por meio de buscas na base de dados nacional.
Um desses casos foi o roubo de R$125 milhões de um banco em Criciúma (SC). Um suspeito foi preso após um fragmento de sua impressão digital ter sido colhida pela perícia em um QG da quadrilha e submetida à análise no banco de dados nacional.
Outro caso foi a identificação de um dos criminosos que atuaram na tentativa de sequestro de um helicóptero no Rio de Janeiro para usar em um resgate de presos em Bangu.
Pentágono
Com um escritório nos EUA, a Griaule fornece tecnologia para o Pentágono, que tem um dos maiores sistemas de biometria com enfoque militar do mundo. O sistema brasileiro é usado para cadastrar a população, fazer controle de fronteira e permite identificar criminosos e terroristas por meio de análises de impressões digitais e biometria.
A Griaule fornece a tecnologia multi-biométrica que é usada para buscas criminais de impressões digitais e palmares encontradas em artefatos explosivos utilizados durante ataques terroristas. Outra aplicação utilizada pelo Departamento de Defesa dos EUA é o reconhecimento facial para identificação de potenciais suspeitos através de imagens de face, obtidas tanto por fotografias, quanto por câmeras de vigilância.
“As soluções da Griaule são peça essencial na inteligência das operações militares do órgão americano, o qual obteve resultados positivos na identificação de pessoas de grupos terroristas. Outra aplicação interessante que o sistema permitiu foi a identificação de fraudadores que estavam utilizando identidades de outras pessoas para receber benefícios do governo de maneira indevida”, enumera o diretor de Marketing.