24/11/2024

Estados Unidos querem contribuir com a segurança das redes 5G brasileiras

Vice-secretário de Comércio dos EUA, Don Graves, afirmou que o país tem interesse em garantir que as redes sejam seguras e protegidas.

Na semana passada, esteve no Brasil o vice-secretário de Comércio dos Estados Unidos, Don Graves, onde ele se reuniu com representantes do Ministério das Comunicações (MCom) e declarou que o país norte-americano está interessado em garantir que as redes 5G sejam seguras, protegidas e inoperáveis no Brasil.

O interesse dos Estados Unidos no Brasil pode ser entendido como mais uma tática de defesa para que o país abandone tecnologias de empresas que são classificadas não confiáveis nos EUA, uma vez que está incluído nessa lista, empresas como ZTE e Huawei, que é fabricante de equipamento campeã de instalações no 4G brasileiro. Vale ressaltar que essas mesmas companhias foram banidas do Canadá há alguns dias.

Os EUA defendem que seja adotado de forma massiva o padrão OpenRan de redes desagregadas ou de fornecedores de empresas como Nokia e Ericsson.

O emissário do governo democrata John Biden também se encontrou com representantes dos Ministério da Economia, Relações Exteriores, Ciência, Tecnologia e Inovação, e Casa Civil para discutir o Fórum de CEOs Brasil-EUA e as principais prioridades de política da Administração Biden e do Departamento de Comércio.

“Ele expressou interesse em estabelecer uma parceria com o governo do Brasil para identificar as necessidades de infraestrutura digital que poderiam ser atendidas pela Iniciativa de Infraestrutura da Administração Biden”, diz comunicado da embaixada do país no Brasil.

Lançada no ano passado, a iniciativa prevê o aporte de US$ 65 bilhões pelo governo norte-amaeicano na melhoria da velocidade e da cobertura dos acessos de banda larga por lá. Outros US$ 50 bilhões deverão ser direcionados para o desenvolvimento de soluções de cibersegurança e políticas de combate ao aquecimento global.

Don Graves ainda se encontrou com o ministro Paulo Alvim, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e o dr. Osvaldo Moraes, diretor do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta Precoce de Desastres Naturais (CEMADEN), onde assinaram um Memorando de Entendimento entre a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) e o CEMADEN sobre cooperação no monitoramento e alerta precoce de secas.

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